São Paulo – Política que mais ganhou pontos em pesquisas eleitorais feitas após as manifestações que tomaram o país em junho, a ex-senadora Marina Silva, que trabalha para fundar sua sigla, a Rede Sustentabilidade, disse na tarde deste sábado (13), que os fundadores da nova legenda não devem se sentir “representantes” daqueles que foram às ruas protestar.
“A Rede não tem que ter a ansiedade tóxica de se sentir representante desses movimentos. Mas nós devemos nos sentir representados por eles”, afirmou.
Marina falou sobre o assunto durante uma reunião com sua equipe de “mobilizadores” –pessoas que trabalham na coleta de assinaturas em apoio à fundação da Rede– em São Paulo. A ex-senadora anunciou a coleta de 780 mil assinaturas em apoio à criação de seu novo partido.
Ela falou sobre o assunto durante uma reunião com sua equipe de “mobilizadores” –pessoas que trabalham na coleta de assinaturas em apoio à fundação da Rede– em São Paulo. A ex-senadora anunciou a coleta de 780 mil assinaturas em apoio à criação de seu novo partido.
Num discurso de mais de 30 minutos, a ex-senadora disse que os partidos tradicionais deveriam aproveitar esse momento para promover “sua própria ressinificação”.
“Ainda bem que a gente começou a fazer a Rede em fevereiro de 2013. (…) Se fôssemos fazer isso agora, depois que os movimentos já eclodiram, sabe o que seríamos, mesmo sem ser? Oportunistas. Iam dizer, ‘agora é fácil fazer partido com nome de rede, vir com esse papo de multicêntrico, para tentar capitalizar em cima do movimento”, discursou.
A ex-senadora, no entanto, voltou a dizer que “intuiu” que o Brasil passaria por “uma nova forma de fazer política”.
“Nós dizíamos, está surgindo um novo ativismo. Não é mais a forma e a linguagem que estão aí petrificadas dentro dos atuais partidos. Os partidos deram uma contribuição e eu espero que tudo isso, inclusive a nossa existência, os inspire a fazer a sua própria ressinificação”.
(Por: Daniel Martins)