Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não descartou a possibilidade de aumento da gasolina ainda este ano. “Todo ano tem aumento da gasolina e este ano não deve ser diferente. Ano passado tivemos dois aumentos de gasolina. Não há uma regra fixa, mas todo ano pode ter um ou dois aumentos de gasolina”, afirmou.
Mantega também declarou que tentará novo reajuste da tabela do Imposto de Renda. A Medida Provisória enviada ao Congresso, que previa o reajuste da tabela do IR em 4,5% em 2015, perdeu a validade na última sexta-feira (29), porque não foi votada.
“Vamos resolver isso com alguma nova lei. Ainda não tem uma definição como vamos encaminhar isso”, disse o ministro.
Guido Mantega deu entrevista nesta terça-feira para comentar os dados divulgados pelo IBGE sobre a produção industrial brasileira, que cresceu 0,7% de junho a julho, sendo a primeira alta depois de cinco meses de queda. “A economia não está parada.
Não está em recessão. Teve problemas passageiros no primeiro semestre, mas neste segundo semestre vamos em direção a uma gradual melhoria. A produção industrial veio bem, mostrando que no segundo semestre nós temos um crescimento da atividade econômica”, disse.
O ministro lembrou que o maior crescimento foi registrado em bens duráveis e também bens de capital (máquinas e equipamentos utilizados na produção). “Resultado importante porque indica que neste terceiro trimestre teremos um crescimento positivo ao lado de outros indicadores”, acrescentou.
Mantega citou ainda outro indicador, o Índice de Gerentes de Compra setor industrial brasileiro (PMI, na sigla em ingês),
divulgado, segundo ele, pelo Banco HSBC, que mede o “apetite dos gestores para comprar”. O índice, divulgado ontem (1º), chegou a 50,2 pontos em agosto, ante os 49,1 pontos em julho. Ele avalia o resultado como positivo, pois representa a intenção de aumentar as atividades.
Além desse índice, o ministro ressaltou o desempenho das 271 maiores empresas do país, com capital aberto, que tiveram aumento na receita líquida de 11,9% na mesma comparação.
Com Agência Brasil