Manifestantes cobram menos conversas e mais ações dos vereadores

Em Parintins, manifestantes, cobram menos papo e mais ação dos vereadores
Em Parintins, manifestantes, cobram menos papo e mais ação dos vereadores
Em Parintins, manifestantes, cobram menos papo e mais ação dos vereadores

Parintins, AM –Uma manifestação que começou na Universidade do estado do Amazonas (UEA) na tarde desta terça-feira,11, reuniu estudantes, professores, funcionários públicos, autônomos e moradores de diversos bairros de Parintins para cobrar ações imediatas de poder público a respeito da lixeira.

Os manifestantes percorreram em buzinaço algumas ruas da cidade até a Câmara Municipal de Parintins. Da galeria, os presentes cobraram menos conversa e mais ações dos vereadores. Com protestos e palavras de ordem, uma nova audiência pública foi marcada para a próxima quarta-feira para rediscutir a situação da lixeira. Alguns pronunciamentos provocaram ânimos alterados na galeria. Bate boca, discussões acaloradas e acusações deram o tom do protesto entre alguns manifestantes e vereadores da base aliada.

O vereador Everaldo Batista chegou a desqualificar o movimento, chamando-o de politiqueiro e teve como resposta vaia e esvaziamento da galeria. “Você é um politiqueiro”, gritava ele para um dos manifestantes.

O senhor Erley Dutra, morador do bairro pascoal Alágio, era um dos manifestantes inconformados com a situação do incêndio na lixeira. Ele destacou a participação popular para mudar a realidade de Parintins. “Esse é um passo importantíssimo para a democracia de Parintins. As pessoas são muito acomodadas, então temos que sair de casa para reivindicar, meu filho está com problemas respiratórios, minha filha tá no carro com problemas de saúde por causa da lixeira então considero este um momento muito importante”, disse.

Para a acadêmica Neila Silva é preciso resolver a situação com inteligência, chamando técnicos capacitados para darem uma solução definitiva para o problema. “Viemos aqui para dialogar com os vereadores afinal de contas são nossos representantes e nós precisamos ser inteligentes para resolver a questão. Sabemos das dificuldades, mas a questão da lixeira é um problema de todos nós e nós precisamos começar com a educação das crianças”, comentou.

A estudante ainda criticou o fato do vereador Ernesto de Jesus ter apresentado requerimento pedindo que a justiça mude de local a lixeira a céu aberto sem nenhum tipo de estudo e comprometimento de tornar o local um aterro de fato. “Levar para a Vila Amazônia não resolve, não é assim que vamos resolver. A impressão que dá é que vão jogar o lixo para baixo do tapete. Precisamos de profissionais que possam fazer os estudos necessários. Ninguém está ateando fogo, são anos e anos de produção de gases e nada se resolve com apresentação de requerimento”, disparou.

Alguns vereadores tentaram jogar a culpa para o Governo federal que ainda não doou um local em Vila Amazônia para fazer o aterro controlado. A maioria disse apenas que apoia a iniciativa popular de protesto. A audiência publica da próxima semana esta marcada para acontecer na Universidade do Estado do Amazonas.

O vereador Nelson Campos afirmou que a manifestação é legítima por parte da UEA e por parte da população. “A comunidade tem que se manifestar esse é um movimento legítimo. É o exercício da cidadania e da democracia e quando essas pessoas vêm à câmara não adianta desqualificar como movimento politiqueiro. Temos que ouvir porque sabemos que todos têm sofrido com esse problema da lixeira pública”, concluiu.

Amazonianarede-Parintins24

 

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