Inaugurada em 1899, a Praça dos Remédios foi construída com pedras calcárias trazidas de Lisboa e passou por sua última reforma em 2003.
Em comemoração aos 356 anos de Manaus, a Praça dos Remédios, no centro histórico, foi entregue totalmente revitalizada nesta sexta-feira (24). O espaço histórico ganhou novo paisagismo, melhorias na acessibilidade e a fiação elétrica foi transferida para o subsolo, modernizando a praça sem perder seu valor cultural.
Inaugurada em 1899 com pedras calcárias trazidas de Lisboa, a praça passou por sua última reforma em 2003 e, desde então, apresentava desgaste e insegurança.
Antes da revitalização, o local também abrigava moradores em situação de rua — atualmente, cerca de 2.423 pessoas vivem em situação de vulnerabilidade na área central, segundo a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
Para acolher essa população, a prefeitura anunciou a inauguração, ainda neste mês, de um novo Centro Pop nas proximidades da praça, que oferecerá refeições, atendimento médico e psicológico, banho e encaminhamento ao mercado de trabalho.
A requalificação do espaço incluiu a recuperação das pedras portuguesas, reforma dos 52 bancos de mármore, restauração dos oito pilares ornamentais, pintura do monumento central, implantação de rampas acessíveis e iluminação cênica. O paisagismo trouxe de volta os canteiros e duas oliveiras centenárias, símbolos de paz e resistência.
Uma das intervenções técnicas de destaque foi a instalação de uma estrutura metálica para sustentar uma árvore centenária, que corria risco de queda, preservando seu valor histórico e ambiental.
O evento de entrega reuniu autoridades, empresários, feirantes, trabalhadores informais e moradores da região, celebrando a reabertura de um dos espaços mais simbólicos de Manaus.
“Hoje, devolvemos à população um patrimônio requalificado e, acima de tudo, resgatamos a dignidade de pessoas em situação de rua, que passam a ter acolhimento e oportunidade”, afirmou o prefeito David Almeida.
Moradora do Centro desde a infância, a aposentada Maria de Fátima Dias, 83 anos, resumiu a emoção coletiva.
“Meu coração ficava partido ao ver a praça abandonada. Agora, Manaus está renascendo. É um sonho realizado”, disse.
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Por g1 AM — Manaus




