Maluf passa a primeira noite da pena no Complexo da Papuda

Maluf passa a primeira noite da pena no Complexo da Papuda

Brasilia – O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), de 86 anos, foi transferido nesta sexta-feira (22) de São Paulo para cumprir pena no Complexo da Papuda, em Brasília, após ter negado um recurso contra uma sentença de mais de sete anos de prisão por lavagem de dinheiro, por issso, passou ontem a primeira de muitas no presídio da Papuda, em Brasilia.

Maluf, condenado por atos que remontam há 20 anos, quando era prefeito de São Paulo (1993-1996), foi submetido a uma avaliação médica em Brasília, antes de seguir para o Complexo da Papuda.

O deputado está na ala reservada para presos em idade avançada, tal como determinou a Justiça ao negar o pedido da defesa de Maluf para que cumprisse prisão domiciliar devido ao seu delicado estado de saúde.

Na véspera, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, negou um recurso para adiar o início da execução da pena até o fim do recesso judicial de fim de ano.

A Câmara dos Deputados suspendeu o pagamento de salários e benefícios relacionados com o seu mandato.

Maluf, personalidade que dominou a política de São Paulo desde a época da ditadura militar (1964-1985), foi governador do estado (1979-82) e duas vezes prefeito da capital (1969-71). Atualmente, é aliado do presidente Michel Temer.

Ele foi detido na quarta-feira, depois que o ministro Edson Fachin, do STF, rejeitou um recurso para impedir a execução da pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão, determinada em maio passado “pelo crime de lavagem de dinheiro”.

A Justiça o acusa de ter “desviado dinheiro de obras públicas e enviá-lo ao exterior, através de operadores do mercado ilegal de câmbio”.

O caso se referiu à construção de uma avenida em São Paulo durante sua segunda gestão como prefeito. As somas desviadas totalizaram 170 milhões de dólares.

Em outubro de 2015, foi condenado na França a três anos de prisão e a pagar uma multa de 200.000 euros por lavagem de dinheiro. Uma corte de apelações de Paris confirmou neste ano a sentença.

Amazonianarede-Veja

 

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