Mais de 30 de brasileiros permanecem na Faixa de Gaza

Smoke and fire from an Israeli bomb rises into the air ove Gaza CityCidadãos do País são em sua maioria filhos de brasileiros ou de palestinos que viveram no Brasil; 15 já saíram do território. Desde o início do mais recente confronto entre Israel e o grupo militante Hamas, na Faixa de Gaza, em 8 de julho, 15 brasileiros deixaram a região dos conflitos e 31 permanecem em suas casas. De acordo com o Escritório de Representação do Brasil na Autoridade Nacional Palestina, em Ramallah, na Cisjordânia, muitos justificam permanecer na zona de conflito alegando motivos pessoais e familiares e afirmando não ter aonde ir.

Entre os que deixaram Gaza, 12 brasileiros – sendo 11 de duas famílias e uma mulher cujos parentes já estavam no Cairo – atravessaram a fronteira para o Egito. Uma freira brasileira foi para Belém, na Cisjordânia, e mais duas mulheres, mãe e filha, seguiram para a Jordânia. Quando o conflito se iniciou, a representação brasileira entrou em contato com os brasileiros na região e, em seguida, com a Organização das Nações Unidas (ONU) e as autoridades dos países para onde os brasileiros pretendiam se deslocar.

Entre as pessoas com cidadania do País, poucos são nascidos no Brasil, tendo herdado a cidadania brasileira por serem filhos de brasileiros ou de palestinos que viveram no Brasil e conquistaram a cidadania depois de um tempo.

Com exceção das duas mulheres que foram para Amã, na Jordânia, os demais brasileiros tiveram de se deslocar por conta própria até a fronteira. Mãe e filha tiveram auxílio da ONU e foram transportadas em um comboio com vários estrangeiros. Todos os deslocamentos são feitos em “janelas de oportunidade” ou “tréguas humanitárias”, como são chamados os curtos períodos de cessar-fogo.

Vários relatos, no entanto, indicam que muitos estrangeiros, incluindo brasileiros que permanecem em Gaza, têm medo de sair de casa até mesmo para deixar a região. O risco de se tornarem alvos existe. Das mais de 1 mil mortes registradas até este 19º dia do conflito, mais de 70% correspondem a civis, segundo a ONU. Escolas e igrejas, que servem de refúgio, estão lotadas. Com 41 quilômetros (Km) de cumprimento e 6 km a 12 km de largura, a Faixa de Gaza tem área total de 365 km², quatro vezes menor do que o município de São Paulo.

Com pouco mais de 1,8 milhão de habitantes, a área tem densidade de aproximadamente 5 mil pessoas por quilômetro quadrado. Para piorar a situação de muitas pessoas em um pequeno território, cerca de 40% dele foi declarado passível de ataques pelo governo de Israel, que despeja folhetos e manda mensagens de celular para milhares de pessoas deixarem suas casas se não quiserem sofrer “as consequências”. A Cruz Vermelha Internacional informou que a falta de água e a destruição da rede de esgoto afetam muito a população.

Fonte: Agência Brasil

 

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