Mãe acusa escola de se recusar a matricular estudante transexual

Nota da escola afirma que o caso da aluna foi analisado e ela tem matrícula assegurada para o ano de 2018 (Imagem: Divulgação)

Uma escola de Fortaleza (CE) é acusada de transfobia pela mãe de uma estudante de 13 anos. Segundo ela, a instituição se recusou a renovar a matrícula de sua filha depois que a jovem assumiu ser transexual. A mãe disse ainda que a instituição Educar Sesc teria recomendado a procura por outra escola.

O caso foi relatado nas redes sociais pela mãe da estudante, Mara Beatriz, e ganhou repercussão na terça-feira (21). “Chamaram para uma reunião e ‘recomendaram’ que nossa família procure outra escola, que possa atender “as necessidades” dela. Admitiram que ela é uma ótima aluna, com boas notas e comportamento, mas não vão fazer a matrícula dela para o ano de 2018. Simplesmente a expulsaram, a enxotaram. E quando eu questionei nos escorraçaram: ‘os acompanhem, já terminamos a reunião’. Lara e nós, pais, nunca nos sentimos tão constrangidos, humilhados, diminuídos, desrespeitados”, relatou Mara Beatriz no Facebook.

De acordo com o UOL, o Sistema Fecomércio e a Escola Educar Sesc de Ensino Fundamental divulgaram uma nota nesta quarta-feira (22) afirmando que o caso da aluna foi analisado e ela tem matrícula assegurada para o ano de 2018. As entidades afirmaram que “repudiam qualquer atitude de preconceito” e que estão “averiguando os fatos e tomando as devidas providências”.

“A premissa básica do Sistema Fecomércio-CE é inclusão e educação”, afirmaram as instituições.

A mãe da estudante contou que a descoberta da filha pela questão transexual é recente, ela optou por adotar um nome social feminino em 2017. “Só neste ano ela se apresentou como trans. Até então ela só tinha nos dito que gostava de meninos”, disse.

Os pais decidiram prestar uma queixa na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente. Eles também buscaram ajuda no Centro de Referência LGBT Janaina Dutra, que luta em defesa de lésbicas, gays, bissexuais e trans.

Segundo a mãe, a adolescente já enfrentava problemas mesmo antes da atual polêmica, como a negativa ao direito do uso do nome social e do banheiro, de acordo com a identidade de gênero. A publicação destaca que essas opções são garantidas por resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, vinculado à Secretaria de Direitos Humanos.

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