Lewandowski ameaça usar poder de polícia frear as baixarias no impeachment

O presidente da sessão do impechment, Ricardo

 

O presidente da sessão do impechment, Ricardo
O presidente da sessão do impeachment, Ricardo Lewandowski ameça usar o poder de polícia, para impedir barracos, no julgamento de Dilma

Brasilia – Nesta sexta-feira (26), houve novo bate-boca entre senadores – e a sessão que julga o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff precisou ser suspensa. Uma confusão envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e parlamentares petistas fez o ministro do Supremo e presidente da sessão final do impeachment, Ricardo Lewandowski, antecipar o almoço. O intervalo estava marcado originalmente para 13h.

O embate entre os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindbergh Farias (PT-RJ) continua. Desta vez, Caiado afirmou que vai recorrer ao Ministério Público para investigar uma suposta promessa de dinheiro a testemunha no caso da nomeação de Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal, pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Visivelmente irritado, Lewandowski alertou que não hesitará em usar o seu “poder de polícia para exigir respeito mútuo e recíproco” entre os parlamentares. A confusão ocorreu depois que, em discurso, Lindbergh reclamou da fala de Caiado.

“Esse senador que me antecedeu é um desqualificado. O que ele fez com a senadora Gleisi… Ele disse que ela está aliciando testemunhas”, declarou o petista.

Diante da confusão, Renan Calheiros disse que eram evidentes as manobras para atrasar a sessão. Renan protagonizou uma nova confusão no plenário. O duelo verbal ocorreu depois que o peemedebista pediu a palavra para reclamar da postura de Gleisi Hoffman .

“Ontem, a senadora Gleisi disse para todo país que o Senado não tem moral para julgar a presidente da República. Como a senadora pode fazer uma coisa dessa…”, reclamou. Ante ao clima conturbado, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a sessão mais uma vez. Ainda hoje, devem ser ouvidos depoimentos da defesa da presidente afastada.

Bate-boca

Este é o segundo momento de  tensão desde que foi iniciado o julgamento. No final da manhã dessa quinta-feira (25), senadores bateram boca, após a senadora Gleisi Hoffmann afirmar que “metade do Senado” não tem moral para julgar a petista. Senadores favoráveis ao impeachment se irritaram com a declaração de Gleisi e teve início um bate-boca generalizado fora dos microfones da sessão.

O primeiro a responder à declaração de Gleisi foi o líder do DEM, Ronaldo Caiado. Em tom irônico, o parlamentar goiano interrompou a senadora petista e afirmou que ele e os outros parlamentares da Casa não eram “assaltantes de aposentados”, referindo-se à prisão do ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, marido de Gleisi, que foi preso sob acusação de envolvimento em um esquema de corrupção que teria desviado R$ 100 milhões dos funcionários públicos federais que fizeram empréstimo  consignados.

Gleisi, então, também alfinetou o líder do DEM. “É [assaltante] de trabalhador escravo”, rebateu a petista, fazendo referência ao fato de Caiado ser produtor rural em Goiás.

Lindbergh Farias entrou na discussão e acusou Caiado de ter ligação com o contraventor Carlinhos Cachoeira, que é acusado de comandar uma quadrilha que explora jogos de azar em Goiás. “Sua ligação é com o Carlinhos Cachoeira”, gritou Lindbergh. “Tem que fazer antidoping. Fica aqui cheirando, não”, provocou Caiado.

Integrante da bancada do PT, a senadora Fátima Bezerra (RN) também entrou no bate-boca e afirmou que líder do DEM não podia “falar mal do PT”. Para conter os senadores, o presidente do Supremo decidiu interromper a sessão por cerca de cinco minutos.

Quando a sessão foi retomada, Gleisi concluiu sua fala e ressaltou que, na opinião dela, os senadores não tinham moral para julgar a presidente afastada.

Amazonianarede-Uol

 

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