Levy: “Brincadeira da desoneração se mostrou extremamente danosa”

MInistro da Fazenda, Joaquim Levy, diz que "desoneração foi brincadeira"
MInistro da Fazenda, Joaquim Levy, diz que "desoneração foi brincadeira"
MInistro da Fazenda, Joaquim Levy, diz que “desoneração foi brincadeira”

Brasilia – Um dos pilares da política econômica nos últimos quatro anos, a desoneração da folha de pagamento de 56 setores ajudou a aumentar a taxa de emprego do país em pelo menos 15% e foi responsável por salários 2% mais altos, sugere uma tese de mestrado defendida pelo brasileiro Clóvis Scherer no Instituto de Estudos Sociais (ISS) de Haia, na Holanda

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) constatou que 74 mil empresas beneficiadas pela desoneração em quatro setores, como textil e calçados, tiveram 17,1% de seu quadro médio de funcionários ampliado, em comparação a um aumento de 2,9% de empresas não beneficiadas.

“Estes resultados indicam que o primeiro ano de implementação da polícia [de desoneração da folha] teve efeitos positivos no mercado de trabalho e mudanças parciais nos benefícios fiscais trabalhistas”, conclui Scherer.

A desoneração que começou a ser aplicada em 2011 substituiu a folha de salários como base para a contribuição previdenciária. Em 2014, ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff tornou o benefício permanentepor meio de uma Medida Provisória, autorizando a ampliação dos segmentos beneficiados, hoje em torno de 60%.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem defendido em diversas ocasiões a necessidade de um equilíbrio maior das contas públicas. Anteriormente, ele disse que medidas nesse sentido são indispensáveis para o crescimento do país.

Nesta sexta-feira (27), o governo publicou uma medida que na prática reduz a desoneração da folha de pagamentos das empresas, adotada para reduzir os gastos com a mão de obra e estimular a economia. Quem pagava alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta passa agora para 2,5%. Quem tinha alíquota de 2% vai para 4,5%.

A Medida Provisória 669 foi publicada no Diário Oficial da União. Essa é mais uma medida de aperto fiscal para reequilíbrio das contas públicas, perseguindo uma meta de superávit primário deste ano, de R$ 66,3 bilhões para todo o setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais).

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta tarde que essa medida gerará uma renúncia fiscal (recursos que o governo deixará de arrecadar) menor de R$ 5,35 bilhões. Em 2016, um ano fechado, a economia será maior ainda: R$ 12,8 bilhões. A mudança começará a valer, neste ano, para fatos geradores de junho e cobrança em julho.

Amazonianarede-JN

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.