Amazonas – O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) licenciou o funcionamento do abatedouro de jacarés na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, localizada no município de Uarini, a 565 km de Manaus.
O manejo de duas espécies do animal terá validade de 5 anos e permite que a população local realize o trabalho de operação do animal de forma sustentável e controlada.
Durante esta quarta-feira (20), o Ipaam junto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) assinaram a Licença Operação (LO) para o funcionamento do abatedouro na RDS Mamirauá, para que seja permitido o manejo e abate de jacarés para a comercialização no mercado local.
Segundo a Sema, o Amazonas é o maior produtor de carne salgada e seca de jacarés. Entre os anos de 1980 e 1999, estima-se que foram extraídas 65 toneladas de carna por ano da RDS Mamirauá.
O secretário Marcelo Dutra afirmou, entretanto, que esse abate não é feito com ordenamento.
“O Instituto Mamirauá entra com a pesquisa, entram com apoio tecnológico mas quem opera, quem gera e quem faz o abate do jacaré em todas as suas etapas é a comunidade. E a gente espera que isso seja aos moldes do manejo do pirarucu, um caso de sucesso que já dura 20 anos, que possa vir a trazer mais qualidade de vida, agregando mais valor às comunidades do Mamirauá e que isso seja um caso de sucesso também para que a gente possa replicar em outras partes do estado”, afirmou.
A licença para o abate contempla toda a cadeia de jacarés das espécies açu e tinga no rio Paraná do Jarauá, na comunidade Jarauá, no município de Uarini. A licença das atividades deve beneficiar cerca de quatro mil famílias no entorno da reserva.
Ainda de acordo com a secretaria, o Governo iniciou, em 2008, o trabalho de manejo e abate experimental dos animais com investimento de R$ 300 mil em capacitação de técnicos e moradores da RDS.
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