Índios continuam ocupando a sede da FUNAI em Atalaia do Norte

Promessas não cumpridas

 

 

Índios mantem a ocupação da Funai ocupada em Atalaia do Note
Índios mantem a ocupação da Funai ocupada em Atalaia do Note

Atalaia do Norte, AM – O grupo que ocupa a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) no município de Atalaia do Norte, a 1139 km de Manaus, deve receber reforço até o final de fevereiro. Indígenas pedem pela exoneração do coordenador do órgão na região, Bruno Pereira.A ocupação foi iniciada no dia 19 de janeiro, quando 50 indígenas da etnia Matis armados com arcos e flechas retiraram os funcionários e o coordenador a força do órgão.

Hoje, o local é ocupado por 100 indígenas das etnias Matis, Kanamarys, Kulinas e Marubos. “Um grupo de Mayorunas esta sendo esperado e mais Matis também vão se unir a manifestação. Eles pretendem sair somente quando forem ouvidos. Os indígenas querem diálogo, mas, ao que parece, a Funai não esta com o canal aberto. Eles estão muito revoltados e irão trazer mais pessoas para ocupar”, afirmou o membro da Associação Marubo de São Sebastião (AMAS), Clóvis Marubo.

Clóvis explicou que na semana passada, um representante da Funai de Brasília, esteve em Atalaia do Norte, mas que até agora, as negociações não parecem ter avançado. “Na segunda-feira (8), os indígenas fizeram uma carta de repúdio, porque a Funai não atende as reivindicações deles”, afirmou.

A ocupação não tem data para acabar
A ocupação não tem data para acabar

Saída do coordenador

O grupo pede pela saída do coordenador Bruno Pereira que, segundo eles, não tem atendido as necessidades de alguns grupos que moram na terra indígena Vale do Javari, no sudoeste do Amazonas.

As solicitações dos indígenas vão além de mais segurança nas aldeias e intervenção na resolução de conflitos entre os Matis e os Korubos, ainda não contatados. Em novembro 2014, dois Matis morreram durante contato com Korubos isolados, no rio Coari, na aldeia matis Todowak. Em resposta, 15 indígenas da etnia Korubo teriam sido assassinados em outro encontro, em setembro de 2015. A Funai afirma que ainda investiga o caso.

“Eles apontam uma série de problemas e de promessas que não foram cumpridas, como a casa de apoio aos Kanamarys e a continuação da implantação do projeto de desenvolvimento econômico e sustentável dos povos do Vale do Javari.

As solicitações não se restringem a segurança. Dizem respeito a saúde, educação, sustentabilidade e segurança. Eles falam que o coordenador não tem perfil indigenista e querem outra pessoa para a função”, disse Clovis Marubo.

O Marubo explicou que os Matis repudiam a falta de apoio do governo federal. “A Funai contatou os Matis, disse que iria dar assistência e qualidade de vida e depois abandonou”, disse.

Prazo indefinido

A ocupação não tem data para ser encerrada. Enquanto isso, os manifestantes contam com apoio das comunidades para sobreviver na sede do município.  “Fazemos cooperação para ajudá-los. Compramos frango, arroz. Também chegam mandioca e banana das aldeias”, disse Marubo.

A ocupação foi iniciada no dia 19 de janeiro, quando 50 indígenas da etnia Matis armados com arcos e flechas retiraram os funcionários e o coordenador a força do órgão.

Hoje, o local é ocupado por 100 indígenas das etnias Matis, Kanamarys, Kulinas e Marubos. “Um grupo de Mayorunas esta sendo esperado e mais Matis também vão se unir a manifestação. Eles pretendem sair somente quando forem ouvidos. Os indígenas querem diálogo, mas, ao que parece, a Funai não esta com o canal aberto. Eles estão muito revoltados e irão trazer mais pessoas para ocupar”, afirmou o membro da Associação Marubo de São Sebastião (AMAS), Clóvis Marubo.

Uma das reivindicações dos indígenas é a saída do cooremador local
Uma das reivindicações dos indígenas é a saída do cooremador local

Negociações travada

Clóvis explicou que na semana passada, um representante da Funai de Brasília, esteve em Atalaia do Norte, mas que até agora, as negociações não parecem ter avançado. “Na segunda-feira (8), os indígenas fizeram uma carta de repúdio, porque a Funai não atende as reivindicações deles”, afirmou.

O grupo pede pela saída do coordenador Bruno Pereira que, segundo eles, não tem atendido as necessidades de alguns grupos que moram na terra indígena Vale do Javari, no sudoeste do Amazonas. As solicitações dos indígenas vão além de mais segurança nas aldeias e intervenção na resolução de conflitos entre os Matis e os Korubos, ainda não contatados.

Em novembro 2014, dois Matis morreram durante contato com Korubos isolados, no rio Coari, na aldeia matis Todowak. Em resposta, 15 indígenas da etnia Korubo teriam sido assassinados em outro encontro, em setembro de 2015. A Funai afirma que ainda investiga o caso.

Promessas não cumpridas

Promessas não cumpridas
Promessas não cumpridas

“Eles apontam uma série de problemas e de promessas que não foram cumpridas, como a casa de apoio aos Kanamarys e a continuação da implantação do projeto de desenvolvimento econômico e sustentável dos povos do Vale do Javari. As solicitações não se restringem a segurança. Dizem respeito a saúde, educação, sustentabilidade e segurança. Eles falam que o coordenador não tem perfil indigenista e querem outra pessoa para a função”, disse Clovis Marubo.

O Marubo explicou que os Matis repudiam a falta de apoio do governo federal. “A Funai contatou os Matis, disse que iria dar assistência e qualidade de vida e depois abandonou”, disse.

A ocupação não tem data para ser encerrada. Enquanto isso, os manifestantes contam com apoio das comunidades para sobreviver na sede do município.  “Fazemos cooperação para ajudá-los. Compramos frango, arroz. Também chegam mandioca e banana das aldeias”, disse Marubo.

 

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