Governo do Amazonas vai ampliar programa de agricultura indígena para mais 23 municípios

Amazonianarede – Agecom

Manaus – O Governo do Amazonas vai ampliar para mais 23 municípios, a partir deste ano, as ações do programa “Agricultura Indígena”, que oferece apoio com a doação de implementos, sementes, assistência técnica e crédito financeiro para a população de índios.

“É uma orientação do governador Omar Aziz, que lançou o Amazonas Rural com uma linha específica para os nossos irmãos indígenas. Vamos ajudá-los a produzir, gerar emprego e renda e contribuir para a economia do Estado”, afirmou o governador em exercício, José Melo.

Com a expansão, a meta é que o programa da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) alcance 3.439 famílias de indígenas, totalizando 34 municípios. Nesta segunda-feira (18), José Melo e o secretário estadual de Produção Rural, Eron Bezerra, entregaram implementos agrícolas para indígenas das etnias Tariano, Baré, Baniwa, Munduruku, Mura, Sataré-Mawé, Tikuna e Marubo dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Borba, Nova Olinda do Norte e Maués. A cerimônia, no Parque de Exposições Eurípedes Ferreira Lins (Expoagro), na zona norte, contou com a presença da senadora Vanessa Grazziotin.

Ao todo, indígenas de oito municípios foram contemplados com botes de alumínio, motores de popa e motos para auxiliar as famílias no cultivo da terra. “O Amazonas tem a maior concentração de indígenas do Brasil. São mais de 60 etnias espalhadas no nosso Estado. A ideia é dar oportunidades não só para os irmãos indígenas, mas à população do interior, para que tenha como produzir, trabalhar e sustentar a família no lugar onde moram, sem precisar vir para Manaus”, frisou José Melo.

Indígena e técnica agrícola do programa “Agricultura indígena” em Benjamin Constant (a 1.116 quilômetros de Manaus), Justina Cândido, da etnia Tikuna, é um dos exemplos do sucesso da iniciativa do Governo do Amazonas. Na última semana, ela recebeu um prêmio, no valor de R$ 20 mil, das mãos da presidente Dilma Rousseff por conta da relevância social e econômica do projeto que apoia no município a produção de farinha e artesanato com sementes naturais, como o açaí. “É um programa muito importante porque aumenta a geração de renda das famílias indígenas dentro dessas comunidades. Ganhar o prêmio foi um reconhecimento de que a gente está no caminho certo e que devemos continuar”, disse Justina.

Assistência técnica – Segundo o secretário Eron Bezerra, este ano serão 16 técnicos agrícolas fazendo o trabalho de orientação das famílias no processo de cultivo e comercialização. Outro diferencial é que o acompanhamento é feito respeitando as particularidades de cada etnia. “Incluir pessoas na atividade produtiva, aumentar a renda e oferecer oportunidades de trabalho. Essa é essencialmente a filosofia do projeto.

Respeitamos a etnia. Em boa parte, o sucesso desse projeto, que tinha a meta de atender para cada técnico 100 famílias, decorre dessa sensibilidade de respeitar essas particularidades”, disse o secretário.

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