Alheio às ações que tentam barrar a eleição direta no Amazonas, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, anunciou ontem, no plenário da Corte, a realização da eleição no Amazonas. “Gostaria de destacar que no próximo domingo teremos as eleições suplementares no AM para os cargos de governador e vice, em cumprimento a decisão deste plenário”, divulgou aos colegas. A postura de Gilmar indica como o TSE vai se posicionar diante dos questionamentos feitos por Ricardo Lewandowski.
Ao pedir esclarecimento sobre a eleição suplementar, ontem, o ministro Ricardo Lewandowski questionou o TSE sobre os custos do pleito e o atual estágio do calendário eleitoral. Também quis saber qual o “timing” usado pela Justiça Eleitoral para a execução de penas em outros casos de cassação de mandatos eletivos.
Os questionamentos de Ricardo Lewandowski à presidência do TSE, feitos na ação cautelar movida ex-vice-governador Henrique Oliveira, revelam preocupação, em tese, com o andamento do pleito, mas também mostram que o ministro busca argumentos sobre a “praxe” do TSE em se tratando de cassação.
Gilmar Mendes prometeu responder aos questionamentos do colega “com urgência”, mas ontem, no plenário do TSE, deu de ombros para as perguntas de Lewandowski, que é contra a eleição direta no AM e, no final de junho, chegou a suspender o pleito. A medida caiu por decisão de Celso de Mello.
Durante a sessão desta terça do TSE, Gilmar informou aos colegas sobre a visita ao AM, na semana passada, e disse que voltará a Manaus esta semana “para acompanhar de perto o pleito”. Diante dos ministros da Corte, ele elogiou a atuação do TRE/AM que, segundo ele, fez um “trabalho exemplar” para garantir a realização da eleição “em tempo recorde”.
AMAZÔNIANAREDE-PORTALACRÍTICA/SIM&NÃO