Sergipe – O verde que inundou a paisagem também trouxe as garças boiadeiras. Da África até o Brasil é um longo caminho. Chegam exaustas e famintas. Os insetos que grudam no gado são um banquete. Por isso metade do dia, ficam ali pertinho dos animais.
“Quando deus manda chuva a gente sabe que a companhia do gado são as garças”, conta Paulo Bahia, agricultor. No meio da tarde, já de barriga cheia, é hora de procurar um cantinho para passar a noite . Começa no céu do sertão um movimentado balé.
Sozinhas ou em bando chegam aos poucos e logo invadem as árvores às margens da lagoa. A hora do descanso é também a mais barulhenta.
Todos os dias esse mesmo encontro e é grande a disputa pelo melhor lugar mas aos poucos cada uma do seu jeito se acomoda e é nessa hora, bem no finalzinho da tarde, que o espetáculo ganham mais ainda mais beleza. As garças pintam de branco cada pedaço do lugar.
Imagens raras de um show que poucas vezes se vê no sertão. “Todo dia essa hora eu saio de casa pra vim ver, é bonito demais, é a natureza de deus”, diz Paulo Bahia, agricultor.
Esse fantástico espetáculo da natureza, acontece todos os anos no sertão sergipano.
Amazonianarede-G1,SE