“Força-Tarefa” no combate ao Aedes aegypti no Amazonas

Os comandantes dessa guerra ao mosquito da dengue
Os comandantes dessa guerra ao mosquito da dengue
Os comandantes dessa guerra ao mosquito da dengue

Amazonas – Uma Força-Tarefa de combate a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika vírus foi anunciado para Manaus nesta quarta-feira (2). Manaus e outros três municípios devem aderir a iniciativa do Governo e Prefeitura de Manaus que visam concentrar esforços na guerra contra o mosquito. Cerca de R$ 9 milhões serão aplicados nas ações de controle epidemiológico.

A situação de emergência em saúde vai abranger cidades em condição de vulnerabilidade às doenças, que registram altos índices de proliferação do mosquito e que possuem densidade vetorial elevada. Manaus será incluída pela vulnerabilidade.

Guajará, Tonantins e Lábrea devem compor o grupo por conta do alto risco de contágio. A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) está finalizando a análise para a inclusão de outros municípios no Decreto. A lista completa com o nome das cidades será publicada no Diário Oficial do Estado nesta semana.

Além da parceria na capital, o Governo do Amazonas está convocando prefeituras e secretarias de Saúde do interior para que reforcem seus planos de ação de combate ao mosquito. Segundo levantamento da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Saúde (Susam), 35 municípios amazonenses registram a presença do Aedes aegypti.

“Esse estado de emergência tem caráter preventivo. Não vamos deixar a porta aberta para o ladrão entrar. Vamos fechá-la. É para que a gente, a partir daí, possa ter ações mais rápidas à luz do emaranhado que são as leis brasileiras. Mas não tem alarme. O Amazonas é um dos Estados brasileiros mais confortáveis com relação a isso. A cidade de Manaus está confortável, mas isso não é suficiente. Vamos agir preventivamente”, explicou o governador.

Plano

Estado e município, na caça ao mosquito da dengue
Estado e município, na caça ao mosquito da dengue

O lançamento do Plano de Intensificação de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika vírus ocorreu na sede do Governo do Estado, na zona centro-oeste de Manaus, com a presença dos secretários estadual e municipal de Saúde, respectivamente, Pedro Elias de Souza e Homero de Miranda Leão. As ações começam a ser executadas neste mês e devem se estender até maio de 2016.

O Governo do Estado incluirá o Corpo de Bombeiros nas ações e convidará para integrar a força-tarefa, em Manaus, as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), associações comunitárias, igrejas, sindicatos e entidades de classe. Além das secretarias de Saúde, a mobilização envolverá, ainda, as pastas da Educação, Obras e Limpeza Urbana e Meio Ambiente.

“Vamos enfrentar mais uma vez essa que é uma doença que mata, incomoda, e que nenhum de nós quer para a população. Juntos, vamos vencer com toda a certeza. Houve uma redução de 26% dos casos de Dengue, com relação ao ano passado, quando não tivemos um óbito sequer. Vamos agora atrás de reduzir os casos. Não só matando os mosquitos adultos, mas também indo de casa em casa para que as famílias possam cumprir o papel de não deixar água parada, matando o ovo do mosquito ainda no processo de eclosão”, disse José Melo.

Apoio ao interior

O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, ressalta que o Estado estará dando suporte às ações de campo, que são de responsabilidade das prefeituras. “Vamos reforçar a campanha ‘10 Minutos contra a Dengue’ que procura estimular a população a reservar um tempo, semanalmente, para os cuidados preventivos, no ambiente doméstico e de trabalho, para eliminação de possíveis criadouros do mosquito transmissor das três doenças”, disse Pedro Elias.

A FVS já dispõe de material informativo impresso para a realização desta atividade junto à comunidade. “O grande aliado desta força-tarefa, sem dúvida, é a população, que precisa estar consciente sobre os riscos hoje representados pelo mosquito Aedes aegypti e engajada nas ações de prevenção”, destacou o secretário.

A FVS também já iniciou a entrega de capas de proteção de depósitos domésticos de água (camburões e caixas d’água), prioritariamente, nos municípios que estão mapeados como de maior risco para a proliferação do Aedes aegypti. “Em muitas áreas, a população ainda precisa armazenar a água para o consumo doméstico e esses depósitos, se não estiverem adequadamente fechados, podem se transformar em criadouros do mosquito”, frisou o diretor-presidente da FVS, Bernardino Albuquerque.

Reforço

Como parte das ações para reforçar o monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e, agora, principalmente de Zika vírus, a Susam já definiu quatro unidades sentinelas: o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado e o Pronto-Socorro da Criança da Zona Oeste, na rede pública e o Hospital Adventista, da rede particular.

Também criou um Comitê de Apoio ao Monitoramento, Prevenção e Controle dos casos de Microcefalia no Amazonas, formados por especialistas, que estão se reunindo semanalmente. Além disso, expediu notas técnicas, assinadas em conjunto com o município, contendo orientações a serem adotadas nas maternidades e no atendimento ao pré-natal, na atenção básica.

s perigosas larvas, precisam ser exterminadas
s perigosas larvas, precisam ser exterminadas

Na reunião desta semana, entre os encaminhamentos feitos pelo Comitê, ficou acertado que será organizada uma programação de capacitação, em áreas estratégicas da saúde, para sensibilização dos profissionais e reforço das informações para reconhecimento e notificação de casos de Zika vírus. A preocupação com a doença decorre de ela estar associada ao surto de casos de microcefalia, no País.

Indicadores

Em 2015, em todo o Estado, foram registrados 7.191 casos de Dengue. Em relação à febre Chikungunya, neste ano foram notificados 152 casos da doença no Amazonas, somente 12 confirmados, 75 descartados e 65 permanecem sob investigação.

Dos 12 casos confirmados, cinco foram de transmissão autóctone (interna) e os sete restantes “importados” (o doente foi infectado fora do Estado). No caso do Zika vírus, até o momento, o Amazonas tem oito casos notificados, sete deles ainda em investigação e apenas um confirmado e com transmissão autóctone.

Amazonianarede

 

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