Manaus, AM – Uma fiscalização de rotina do grupo de repressão da Receita Federal no Amazonas em um porto da Zona Sul de Manaus encontrou dez contêiners com madeiras que seriam exportadas ilegalmente para a Bahia. Ao todo, 280 toneladas foram apreendidas. Outros 140 containers com carregamento de madeira são alvos da operação
Segundo o inspetor-chefe da alfândega do Porto de Manaus, José Alves Dias, a exportadora apresentou Documento de Origem Florestal (DOF) falso. Além disso, o restante da documentação apresentada não estava de acordo com a especificação da carga informada no porto alfandegado.
“Nossa equipe de repressão constatou que a documetação apresentada não era legal, a partir do momento em que os dados foram cruzados com o sistema do órgão ambiental fiscalizador, o ibama”, explicou.
Como funcionava o esquema
De acordo com o Ibama, a empresa extraía a madeira de uma área de manejo na divisa do Amazonas e Roraima e emitia o Documento de Origem Florestal (DOF) até receber a autorização impressa em papel.
Depois disso, a exportadora cancelava o DOF para constar no sistema do Ibama que ainda tinha área para explorar no plano de manejo florestal, mas utilizava o documento inválido para burlar a fiscalização nas estradas até chegar ao porto de exportação.
O chefe de fiscalização do Ibama, Hugo Loss, disse que os responsáveis terão que explicar como inseriam informações falsas no sistema de documentação florestal e também sobre o transporte de madeira ilegal.
Explicação dos criminosos
“Os criminosos também informavam na documentação que estavam exportando uma espécie de madeira, quando na verdade era outra, conforme analisado pelos técnicos do Ibama que constataram também esse tipo de fraude”, disse.
O delegado da Polícia Federal, Rafael Dallagnol, disse que a PF vai fazer a apreensão da madeira. “Nós vamos verificar tanto a origem, quanto o destino desse carregamento ilegal de madeira. Essa pessoas envolvidas nesse crime ambiental deverão ser investigadas”, assegurou.
A operação em conjunto com a Receita Federal, o Ibama e a Polícia Federal deverá continuar nos dois portos particulares localizados na Zona Sul de Manaus. A madeira apreendida vai ser doada para o Exército e Instituições filantrópicas.
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