
Amazonas – Sempre fiel à luta pelo fortalecimento da indústria do Amazonas e já consolidada como legítimo canal de reivindicações dos interesses coletivos regionais, a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) completa nesta segunda-feira (3) 55 anos de fundação. Para seu presidente, Antonio Silva, nesse período, a instituição aperfeiçoou o seu papel na defesa dos interesses do segmento que representa, contribuindo para o seu desenvolvimento em condições sustentáveis, sob os aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e ambientais.
Mesmo com o recuo de 9,8% no faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM), nos cinco primeiros meses do ano, com relação ao mesmo período de 2014, Antonio Silva diz que a FIEAM tem motivos para comemorar seu 55º aniversário e ainda acreditar numa retomada do crescimento em curto prazo.
“A crise que se abateu sobre a economia brasileira é a maior causa dessa retração no desempenho do PIM. Como sabemos, a maior parte da nossa produção é destinada ao mercado nacional. Mas, vamos superar essa crise logo”, disse Silva.
Fundada em 3 de agosto de 1960, a FIEAM, no início, reunia segmentos industriais que formavam o perfil da economia amazonense nos anos pré-Zona Franca de Manaus, ainda muito ligados ao beneficiamento de produtos do extrativismo, como borracha, castanha, guaraná e madeira, além das indústrias de alimentos, bebidas e vestuário.

Segundo Antonio Silva, o fundador e primeiro presidente da organização foi um autêntico representante do extrativismo na Amazônia, o empresário Abrahão Sabbá, de tradicional família de empreendedores da região, com atividades que iam da exploração de petróleo ao beneficiamento da juta.
“A FIEAM nasceu em meio a mudanças profundas no cenário industrial do Amazonas. A economia regional girava em torno da extração de borracha, da castanha e da produção de petróleo. Os sindicatos mais fortes cobriam ainda os ramos de bebidas, panificação, serrarias e calçados”, conta Antonio Silva, que na FIEAM representa, como presidente, o Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Manaus.
O grande homenageado na comemoração dos 55 anos da FIEAM será o empresário Moyses Benarrós Israel, que acompanha desde o início a história da Federação. Como membro-fundador, assumiu a 1ª vice-presidência na Diretoria Provisória, que vigorou de agosto de 1960 a setembro de 1961, e hoje, aos 91 anos, responde pela presidência do Conselho Fiscal da instituição.
De acordo com Antonio Silva, a FIEAM tornou-se a principal interlocutora do setor produtivo amazonense, ao lado da ACA, do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Fecomércio e Federação da Agricultura. Ele lembra que o trabalho dessas instituições foi fundamental na luta pela prorrogação dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, hoje em vigor até 2073.
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