
Belém – A XVII Feira Pan-Amazônica do Livro, realizada no Pará, terminou neste domingo (5) e superou as expectativas da coordenação. O evento alcançou um público de 404 mil visitantes em dez dias e movimentou R$ 15 milhões com a venda de 840 mil livros.
Este ano, estiveram presentes no evento mais de 500 editoras nacionais e regionais. Destas, 15 eram especializadas em quadrinhos e mangás. As editoras religiosas também superaram as expectativas. Entre os convidados, personalidades como Ignácio de Loyola Brandão, Tony Bellotto, Cristóvão Tezza, Affonso Romano de Sant’Anna, Ronaldo Fraga e Ziraldo, entre outros.
Representantes de onze países participaram da feira. Foram expositores do Peru, com os Menores Livros do Mundo; Estados Unidos e Inglaterra, com Queen Books; Argentina, Espanha, México e Venezuela; Equador, Guiana Francesa, Espanha e França.
O secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, definiu que a Feira foi um sucesso apesar da mudança de semestre e as forte chuvas do período. Já o governador Simão Jatene, disse que o povo paraense tem a capacidade de surpreender e se superar. “Saber que os autores paraenses venderam quatro mil livros me emocionou bastante, não somente pelo volume de negócios, mas pelo reconhecimento da nossa linguagem, da nossa cultura e da nossa gente”, valorizou.
O idealizador do evento, Paulo Chaves avaliou que a coordenação busca a cada ano organizar uma feira de cultura em que se tenha a valorização do livro. “Estamos invertendo um pouco o caráter inicial dela; antes, era uma Feira Pan-Amazônica do Livro e agora é uma feira pan-amazônica da cultura”, disse.
O representante da Associação Brasileira de Difusão de Livros (ABDF), Robério Silva, apresentou o ranking literário das obras mais procuradas e falou que as vendas dos livros paraenses tiveram um acréscimo de 80% este ano.
“Fizemos um levantamento das literaturas mais procuradas e identificamos as fantásticas, seguidas por romance, livros acadêmicos, infanto-juvenis, leitura para vestibular e obras de autores paraenses”, enumerou.
Mudanças
Para fugir do período chuvoso, o secretário anunciou que a 18ª edição ocorrerá entre 30 de maio e 8 de junho de 2014. O país homenageado ainda não está definido pela Secult, mas Paulo Chaves pediu, de forma democrática, que o público pudesse ajudar a escolher.
“Em 2014, se comemora o ano do Brasil na Alemanha e vice-versa, e por este motivo imaginamos que a Alemanha poderia ser o país de destaque”, disse o secretário. “A parceria que fizemos com o Imazon, com a presença dos jornalistas André Trigueiro e Sonha Brigi, me despertou para nossos problemas socioambientais, e daí pensei em escolhermos o planeta Terra como o homenageado. É uma forma de darmos voz à Amazônia e possibilitar um encontro ecológico internacional no Pará”, lançou Paulo Chaves.
A diretora de Cultura da Secult, Ana Catarina Brito, lembrou que a programação literário-cultural do Estado não terminou com a feira no Hangar, em Belém. “Estamos no período de mobilização para fazer seis feiras pan-amazônicas no município. Este ano, serão promovidas, no primeiro semestre, edições em Redenção e Ponta de Pedras, e no segundo semestre, em Cametá, Altamira, Capanema e, possivelmente, em Tucuruí”, anunciou.
Leitores
Leitores assíduos compareceram à feira do primeiro ao último dia. Foi o caso da professora de jornalismo e publicidade Viviane Mena Barreto. Para ela, mais que um evento cultural rico ao Estado, o evento se tornou um local de encontro entre amigos. “Aproveitei muito todas as palestras, exposições e, principalmente as apresentações relacionadas aos povos indígenas da região do Xingu”, avaliou a visitante.(Agencia Pará)