
Manaus, AM – A cidade de Manaus, no “marco zero”, onde começou, agora uma vez por mês essa história poderá ser revivida e recontada um pouco para os manauaras de hoje. Isso é possível devido a um trabalho turístico-cultural idealizado e realizado pelo Instituto da Amazônia, com a a primeira edição da Feira do Paço, na Praça Dom Pedro II, em frente ao Paço da Liberdade, no Centro de Manaus.
A parir dessa primeira edição, a Feira do Paço, onde nasceu Manaus, acontecerá todo primeiro domingo de cada mês sem duvida alguma uma grande pedida para população da cidade e para os turistas.
O evento multicultural reuniu em seu lançamento cerca de 200 colaboradores dos mais diversos segmentos artísticos, como música, teatro, artesanato, entre outros. A ideia é que a feira integre o calendário

Nesta primeira edição, o público conferiu atrações no palco e também nas ruas ao redor da praça. Entre elas estiveram shows do cantor Adriano Arcanjo e da banda The Stone Ramos, stand up coordenado pela atriz e diretora Jaqueline Ferreira e apresentações itinerantes de dança, realizadas pelo Projeto Rosas, da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).

Além das performances artísticas, as pessoas puderam visitar o museu do Paço da Liberdade que, exclusivamente neste domingo, contou com uma ambientação especial do século de XIX. Figurantes caracterizados com figurinos de época também passeavam pela praça durante o evento.
Casados há 10 anos, a psicóloga Roberta Pinheiro e o médico Marcelo Cláudio aproveitaram a Feira do Paço para levar os filhos Pedro e Maria Fernanda – de 5 e 2 anos, respectivamente – para conhecerem o centro histórico de Manaus.
“É legal para a comunidade, Manaus precisa de um evento assim, que reúna famílias e que as crianças possam curtir e aproveitar em segurança. É interessante, também, conferir o trabalho de tantos artistas. Particularmente, eu gosto muito de artesanato e poder conhecer um pouco mais sobre esses talentos e suas obras é muito bacana. Está sendo uma feira gostosa de vir, nada de shopping ou ambiente fechado”, afirmou Roberta.

Marcelo destaca ainda a oportunidade de jovens e crianças conhecerem um pouco mais sobre a história da capital amazonense. “Gosto muito do Paço, e os eventos anteriores que viemos foram muito legais também.
Hoje está sendo um pouco diferente, porque a feira se estendeu à praça em si. É bonito ver a nossa cidade voltando a ser vista mais uma vez e as pessoas retornando à Praça [D. Pedro II], à rua e à nossa história, que ficou esquecida por muito tempo e agora está sendo revisitada”, completou.
Economia criativa
articipante da primeira Feira do Paço, a designer Érika Andrade apontou o evento como uma ótima oportunidade para artistas locais exporem os seus trabalhos. “Feiras como essa são de extrema importância para a gente.
Em Manaus, nós temos notado uma grande fomentação da economia criativa e, com a crise no Brasil, esse tipo de atividade só fez crescer. Então é fundamental que tenhamos a chance de mostrar nossos produtos em uma praça como essa”, disse a designer, proprietária da papelaria criativa “Papel de Mim”.

A designer de moda e social media Raphaela Moura também foi uma das empreendedoras que marcou presença no evento.
Ela, ao lado de algumas amigas, montou um brechó de roupas e acessórios femininos. “Trouxe algumas peças que gosto muito e estou desapegando. Tenho um blog cuja ideia é mostrar que as pessoas podem se vestir bem pagando pouco, então coloquei preços que têm uma ligação com a minha página e meus seguidores. Tem muita coisa boa e barata”, adiantou.

Raphaela elogiou, ainda, a oportunidade de estar rodeada de tantos outros empreendedores de Manaus. “A feira está muito legal. O interessante é que o evento não somente faz com que o centro da cidade volte a ser explorado, mas também incentiva a economia criativa.
O Paço, por si só, já é um local que respira cultura e, de quebra, acaba estimula o empreendedorismo. É bacana ver tanta gente diferente em um lugar só”, acrescentou.
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