Extração de madeira florestal por ribeirinhos cai mais de 40%

As espécies mais exploradas são o açacú, muito usado como boia para casas flutuantes, e o louro inamuí

 

As espécies mais exploradas são o açacú, muito usado como boia para casas flutuantes, e o louro inamuí

Amazonas – Em 2016, cerca de 1.400 metros cúbicos (m³) de madeira florestal foram explorados por comunidades ribeirinhas. Esse registro é 46% inferior na comparação com o ano passado, que totalizou extração de 2.600 m³ do recurso.

Os dados, coletados em agosto, são de um levantamento realizado pelo Instituto Mamirauá, que levou em consideração 84 comunidades da Reserva Mamirauá (AM). De acordo com o estudo, as espécies mais exploradas são o açacú, muito usado como boia para casas flutuantes, e o louro inamuí.

A madeira tora, classificada como sem tratamento, também é utilizada pelas comunidades para a construção de novas estruturas de moradia, principalmente casas. O material ainda é destinado para reforma de estruturas comunitárias, como escolas ou igrejas, e para a construção de embarcações, principalmente canoas.

O técnico Cláudio Anholetto, do Instituto Mamirauá, explica que as comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá podem fazer o uso sustentável dos recursos naturais para subsistência.

O monitoramento abrange a exploração de madeira para construção de moradias, mobiliário e canoas, mas não para comercialização. Toda madeira da reserva que é comercializada deve ser originária de planos de Manejo Florestal Comunitário.

Monitoramento

Desde 1993, o Instituto Mamirauá realiza o monitoramento anual da região, o que ajudou na implantação do Manejo Florestal Comunitário nas áreas mais afetadas pela extração tradicional de madeira.

Segundo Anholetto, a iniciativa é importante para avaliar o impacto da exploração do material sobre a floresta. “As populações humanas extraem um recurso natural que gera um impacto sobre o ambiente e sobre a espécie. Com o monitoramento, buscamos avaliar informações coletadas a respeito das espécies utilizadas, bem como em que volume estão sendo exploradas”, afirma Cláudio.

Após a identificação do impacto da exploração de madeira sobre determinadas espécies, a equipe do Mamirauá faz sugestões de substituição por espécies alternativas, com aproveitamento semelhante.

Amazonianarede-Inst.Mamirauá

 

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