Espionagem azeda clima da viagem de Dilma aos EUA

(Amazonianarede – R7)

A área diplomática do governo tem menos de dois meses para resolver o novo incidente gerado pela descoberta de atos de espionagem direta do governo brasileiro promovidos por órgãos de investigação americanos.

Se isso não ocorrer, o episódio ameaça azedar o clima da visita de Estado da presidente Dilma aos Estados Unidos, marcada para o dia 23 de outubro.

O caso aumenta a lista de problemas em que o Itamaraty se embrulhou nas últimas semanas, e se sobrepõe ao caso do embaixador boliviano Roger Molina que busca refúgio no Brasil. O novo chanceler, Alberto Figueiredo, que assumiu no lugar de Patriota, no auge da crise motivada pelo episódio de quebra de hierarquia que levou à fuga do senador para o Brasil, agora se vê com um problema bem mais grave no colo.

Reclamações e gestos simbólicos de indignação, iniciados neste domingo pelo governo brasileiro, dificilmente terão resposta à altura da Casa Branca. Dilma corre o risco de ficar falando sozinha e de amargar o desprestígio que isso acarreta, uma vez que Obama está ocupado com questão bem mais importante: iniciar ou não ataques à Síria, alegadamente para barrar o uso de armas químicas contra a população.

Apesar de grave, o episódio da espionagem da cúpula do governo brasileiro por arapongas oficiais americanos precisará ser tratado com cuidado, para não provocar mais prejuízo que dividendos políticos à presidente e pré-candidata Dilma. Recomenda-se moderação nas bravatas para não correr o risco de cair no ridículo.

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