Especialista diz que exploração de petróleo no Acre é viável

(Reportagem: Tatiana Campos/Agência de Notícias do Acre)

O Acre pode ter petróleo! É o que indicam os levantamentos feitos até agora pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), em parceria com o governo do estado.

E os interessados em explorar essa nova atividade econômica devem ficar de olho na licitação que será aberta em novembro. Quem resolver investir pode ter o retorno financeiro a partir de seis meses.

As perfurações dos poços devem ser iniciadas dois anos após o término da licitação, que será realizada em novembro. Nesta primeira fase ainda há um risco, mas a expectativa é a melhor possível. “Estou extremamente otimista em relação ao Acre. O governador nos ajudou a implantar esse processo em 2006/2007 e a ANP já gastou mais de R$ 100 milhões em levantamentos de física, sísmica, geoquímica e todos os números indicam que o Acre tem óleo. E mais uma vantagem: o Acre é vizinho do Peru, que é um local que tem muito óleo”, disse Newton Reis, um dos maiores especialistas em petróleo no país, com 38 anos de experiência. Newton palestrou na manhã desta sexta-feira, 13, no auditório da Federação das Indústrias (Fieac) e tirou dúvidas de empresários e possíveis investidores na área.

O governador Tião Viana é um entusiasta desta possibilidade e há anos tem dedicado esforços para viabilizar a possibilidade da exploração de petróleo no Acre. Em 1999 Tião Viana, então senador, destinou R$ 5 milhões em emendas para o Plano Plurianual para iniciar os investimentos em pesquisa na área. Hoje os investimentos já passaram de R$ 100 milhões – empregados no levantamento aerogravimétrico, geoquímico, sísmico, incluindo sísmica 3D.

“Todos os estudos indicam a presença de petróleo nesta região e nós estamos muito otimistas. Isso é um novo tempo na economia do Acre, muitos empregos podem ser gerados. Vejam que apenas na fase inicial dos estudos a empresa de sísmica instalada em Cruzeiro do Sul tinha 700 trabalhadores contratados. E o que precisa ser destacado é que o retorno dos investimentos pode começar em seis meses após a perfuração”, disse o governador Tião Viana.

Todos os ventos parecem soprar a favor do Acre. O estado é dez mil quilômetros maior que uma área na Bahia em que a ANP identificou 90 campos de petróleo. Também há a possibilidade de haver campos não identificados no Peru. O Acre tem uma bacia sedimentar de 100 mil quilômetros quadrados e nenhum poço perfurado. A bacia peruana tem a metade do tamanho da bacia do Acre e dezenas de poços perfurados. E o doutor Newton levanta um questionamento: “Se a bacia do Peru, que é ao lado do Acre, tem petróleo, será que não tem petróleo na bacia do Acre? Todos os estudos realizados até agora dizem que sim”.

A bacia acreana abrange os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter e Rodrigues Alves, no Acre, além de Guajará e Ipixuna, no Amazonas.

“São muitas as possibilidades que estão se abrindo com a garantia de que no dia 30 de novembro teremos licitação para a definição das empresas que vão perfurar para dimensionar a viabilidade da exploração de gás no Vale do Juruá. É uma forma de deixarmos de ser um importador de energias poluentes para exportar energia de gás, que é uma energia limpa.

Isso tudo sem nenhuma ameaça para o meio ambiente porque o nosso cuidado é com o desenvolvimento sustentável”, disse o senador Aníbal Diniz, que também defende a atividade.

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