Em Roraima, grevistas liberam cargas com alimentos

Boa Vista, RR – Depois de 15 dias de greve, os servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) em Roraima resolveram estender a vistoria e liberação de cargas com alimentos que compõe a cesta básica, tais como feijão, arroz, óleo, café, açúcar etc.

A informação é do agente administrativo, Rosiel Gonçalves Dantas, que adiantou que a categoria está preocupada com a possibilidade de desabastecimento ou mesmo de aumento de preço nas mercadorias por falta de desembaraço da Suframa e, consequentemente, os comerciantes ficam sem a isenção de impostos beneficiados pela Área de Livre Comércio de Boa Vista (ALC/BV) para ser repassada aos consumidores.

Desde o início da greve, estavam sendo liberados apenas os congelados, perecíveis, medicamentos e produtos hospitalares, além do trabalho de recadastro de empresas. “A greve continua normalmente em toda a região Norte e, até o momento, não houve entendimento com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio [MDIC], que ainda não se posicionou sobre nossas reivindicações, por isso estamos mantendo a greve, mas atendendo os 30% que é previsto em lei”, frisou. “Com essa iniciativa, a especulação sobre aumento de preços e desabastecimento é descartada, até porque não é essa nossa intenção”.

Ele informou que, pelo menos, 400 funcionários estão com as atividades paralisadas nos estados de abrangência da Suframa, que compreende Roraima, Amapá, Rondônia, Amazonas e Acre, onde mercadorias não estão sendo desembaraçadas nos postos da Suframa e ficam pendentes nos depósitos das transportadoras.

Dantas não soube informar quantos caminhões são liberados por dia, isso devido aos vários tipos de cargas que chegam em carros maiores e também de pequenas cargas. “Fazemos, em média, de 50 a 60 atendimentos por dia. Não só de caminhões, mas também de carros pequenos com pouca carga. E o atendimento é priorizado para itens de congelados, perecíveis, medicamentos, produtos hospitalares e agora as cargas com itens da cesta básica”, disse.

REIVINDICAÇÃO – Em Roraima, o movimento reivindica a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) da categoria, como também as melhorias no prédio da entidade. “Não temos a mínima estrutura para trabalhar e, muitas vezes, temos que ficar no sol ou na chuva para fazer o desembaraço de mercadorias”, frisou. “Temos um prédio que está sendo construído há mais de dez anos ao lado onde funciona a Suframa e queremos que seja tomada uma posição sobre isso”. (RR)

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