Clube já havia suspendido contratos de trabalho amparado pela MP 936
Atravessando uma crise econômica, ainda antes da pandemia, o Vasco viu o quadro piorar com as paralisações das competições de futebol, medida tomada para conter o avanço da Covid-19 no país. Para reduzir custos, o clube carioca anunciou a demissão de 50 funcionários, duas semanas após ter proposto a suspensão do contrato de trabalho de 250 pessoas.
Em nota divulgada na noite de ontem (12), a direção cruzmaltina afirma que buscou evitar demissões, optando por reduzir os vencimentos e suspender temporariamente o contrato de trabalho de alguns funcionários, mas não foi suficiente.
Diante de uma crise financeira que se agravou com o avanço da pandemia do novo coronavírus, obrigando a todos medidas de isolamento social, que levaram à paralisação das competições, o clube cruzmaltino precisou tomar outras medidas.
Um número de 50 funcionários foram dispensados pelo Vasco.”Lamentavelmente, diante das circunstâncias, foi preciso tomar medidas mais duras”, diz a nota do clube.
Antes da interrupção das atividades esportivas, o clube carioca ainda disputava a Copa Sul-Americana, a Copa do Brasil e o Campeonato Carioca.
Mas quem acompanha o cotidiano do Gigante da Colina sabe que dívidas fiscais, trabalhistas e atrasos de salários de jogadores e funcionários já se tornaram rotina no clube.
Confira a íntegra da nota do Vasco:
“O Club de Regatas Vasco da Gama comunica que, em face dos desafios econômicos agravados com a crise do novo coronavírus, precisou readequar seu quadro de colaboradores.
Em um primeiro momento, no intuito de salvaguardar empregos, a Diretoria Administrativa optou por reduzir os vencimentos de alguns funcionários e suspender temporariamente o contrato de trabalho de outros, com base na Medida Provisória 936/2020, publicada no dia 1/04/2020. Lamentavelmente, diante das circunstâncias, foi preciso tomar medidas mais duras.
Aos funcionários desligados nesta segunda-feira (11/05), foi oferecido, sem exceção, um acordo para parcelamento de débitos em atraso, com pagamento da primeira parcela no ato.
Também pelo acordo, fica estipulado que o Clube terá de arcar com multa de 50% em caso de inadimplência do pagamento da parcela, devendo haver uma tolerância de 30 (trinta) dias após o vencimento para aplicação da multa. O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM CLUBES, FEDERAÇÕES E CONFEDERAÇÕES ESPORTIVAS E ATLETAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO acompanhou todo o processo.
A decisão da Diretoria Administrativa foi tomada considerando as implicações orçamentárias com a crescente queda de receitas, aliada ao cenário extremamente desafiador dos próximos meses em todos os âmbitos. Tais medidas não seriam adotadas não fossem no intuito de assegurar a sobrevivência financeira do Clube.
O Club de Regatas Vasco da Gama agradece aos funcionários ora desligados pelo profissionalismo e dedicação durante o período em que estiveram a serviço da instituição.
À Diretoria Administrativa”
*Redação e assessorias
@amazonianarede
Leia mais: