Em Brasília, Equador terá apoio da torcida contra a Suíça, autoproclamada favorita

15-06equadorBrasília – Enquanto suíços se consideram favoritos do grupo, equatorianos contam zagueiro do Flamengo como trunfo.O Equador espera se aproveitar da onda sul-americana que tem tomado conta da Copa do Mundo do Brasil na primeira partida do torneio no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Depois de ver Colômbia e Chile jogarem para plateias eufóricas, a equipe acredita que terá o torcedor brasiliense a seu lado hoje, contra a Suíça, às 13h, na estreia no Grupo E. Foram vendidos 67.393 ingressos. O confronto é considerado decisivo para a pretensão das seleções de chegarem às oitavas de final. França e Honduras, que duelam em Porto Alegre, completam a chave.

“Sei que há muitos flamenguistas em Brasília, e disse isso aos meus companheiros. Então, realmente, acho que vamos jogar com o apoio da torcida”, afirmou ao Correio o zagueiro Frickson Erazo, que atua no clube da Gávea. “Acredito que o público pode nos favorecer”, concordou o técnico da seleção equatoriana, Reinaldo Rueda. “É uma competição que opõe europeus e sul-americanos. Contamos com o fator território”, completou.

A seleção do Equador teve, no treino de sexta-feira, uma amostra da ajuda que receberá logo mais no Mané Garrincha. Cerca de 100 torcedores foram ao CT dos Bombeiros prestigiar a equipe. Na ocasião, mesmo impedidos de entrar, eles permaneceram por 2h30 no local e foram premiados quando oito jogadores se dirigiram ao alambrado para dar autógrafos e tirar fotos. “O apoio que estamos recebendo é muito importante”, ressaltou o treinador.

Nas ruas da capital, é possível perceber a grande presença dos vizinhos, enquanto a torcida suíça aparece mais timidamente. A embaixada equatoriana espera cerca de 8 mil cidadãos do país no jogo de hoje. “Mas devemos nos concentrar na partida dentro de campo”, ressaltou Erazo.

Favoritismo

Dentro de campo, a Suíça é que chega como favorita. E o técnico Ottmar Hitzfeld nem fez questão de esconder isso na entrevista coletiva ontem no Mané Garrincha. “Somos os favoritos do grupo. A França sempre tem um grande potencial, mas creio que estamos no mesmo nível. Até por isso, estamos na frente no ranking da Fifa. Fomos mais regulares nos últimos quatro anos”, analisou.

Nas eliminatórias, a Suíça se classificou com campanha invicta (sete vitórias e três empates). Já os franceses precisaram passar pela repescagem. Os equatorianos, por sua vez, terminaram em quarto na América do Sul.

Para Hitzfeld, a seleção europeia entra com vantagem hoje por contar com um time mais equilibrado, da defesa ao ataque. Ao contrário do que os torcedores podem imaginar, a equipe não deve se encolher no campo de defesa. O grupo tem jogadores habilidosos e velozes do meio para frente, como o capitão Gokhan Inler, atleta do Napoli; e o jovem Xherdan Shaqiri, promessa do Bayern do Munique.

O próprio técnico equatoriano admitiu que seu time terá de “suportar a pressão dos primeiros 30 minutos”, antes de tentar imprimir o estilo de jogo. Rueda citou a palavra “contra-ataque” cinco vezes na entrevista coletiva de ontem, deixando bem claro qual será a tática diante dos suíços. Antonio Valencia, principal jogador do grupo, é chamado de “Usain Bolt do futebol” e deve ser a maior preocupação dos defensores adversários na hora dos contragolpes.

Como a França é o rival mais temido da chave, e Honduras, candidato a saco de pancadas, o duelo do Mané Garrincha tem sido tratado como decisão pelas duas seleções.

Por: Correio Web

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