Em Boa Vista (RR), alunos de duas escolas fazem protesto

09-05escolaBoa Vista, RR – Estudantes das escolas estaduais Ana Libória e Pedro Elias, na zona Oeste, realizaram protesto ontem. Eles reivindicam melhorias na estrutura das escolas, que estão sem manutenção na instalação elétrica, nos bebedouros e banheiros, além de cadeiras sem condições de uso e paredes com infiltrações.
Os alunos da Escola Estadual Ana Libória, localizada na avenida Venezuela, no bairro Mecejana, realizaram o protesto em frente à unidade. Eles relatam que iniciaram o ano letivo no dia 17 de fevereiro, duas semanas após as outras escolas da rede estadual. O motivo do atraso é uma reforma que custou mais de R$1 milhão aos cofres públicos.

“Começamos o ano letivo atrasado devido à reforma. Disseram que iriam mudar a instalação elétrica, mas até agora nada foi feito em relação a isso, só nos enrolaram. Nós estamos no 3º ano do ensino médio, iremos prestar vestibular e Enem, queremos estudar, mas a estrutura atual não nos permite”, desabafou a aluna do 3º ano, Ana Carolina Ferreira.

As obras ainda em andamento deveriam contemplar as instalações elétricas da escola, mas na quarta-feira passada o painel de energia queimou, deixando apenas três salas com o sistema de refrigeração funcionando. “A diretora nos informou que houve uma sobrecarga. Então não há refrigeração nas salas de aula, estamos suando, não há sequer um ventilador. Está uma situação insuportável”, relatou, indignada, outra aluna do 3º ano, Eliane da Silva.

A escola atende cerca de 1500 alunos e possui apenas um bebedouro em funcionamento. “Não podemos nem beber água gelada, pois só sai água quente no único bebedouro que tem”, disse Eliane. Os alunos continuarão com a manifestação. “Só iremos parar quando essa situação for resolvida”, declarou o aluno da mesma série, Pablo Siqueira.

PEDRO ELIAS – Os alunos da Escola Estadual Pedro Elias também fizeram um protesto no período da tarde, em frente à instituição de ensino, na rua Ametista, bairro Jóquei Clube. Eles reivindicam melhorias na estrutura, instalação de centrais de ar nas salas de aula e manutenção dos banheiros e bebedouros.

A instalação elétrica também é precária. Os alunos estão expostos a fios de eletricidade sem proteção. As paredes estão quase todas com infiltrações e as cadeiras nas salas de aula não proporcionam o mínimo conforto aos estudantes.

A aluna do 9º ano do ensino fundamental, Larissa Porto, relata que os alunos sofreram ameaças de serem suspensos, caso fizessem protestos. Ela relatou que os estudantes não se intimidaram, pois já estão cansados desta situação. “Não dá mais para estudar no calor e nem tomar água quente. Alguma providência tem que ser tomada”, disse.

Fonte: Folha BV

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