Elefante branco: Arena da Amazônia gerou mais de R$ 20 milhões em quatro anos

Elefante branco: Arena da Amazônia gerou mais de R$ 20 milhões em quatro anos

O rombo em 2017 aumentou 50% em relação a 2016 e quase 60% se comparado ao prejuízo total. Nova administração projeta aumento na arrecadação para tentar diminuir perda iminente deste ano

Manaus, AM – O ano de 2017 foi mais um em que a Arena da Amazônia passou bem longe de ser lucrativa. Pelo contrário. Depois de conseguir um avanço mínimo nas finanças em 2016, o estádio que dá prejuízo desde que nasceu arrecadou menos, gastou mais, e o resultado foi um rombo nas contas públicas ainda maior e que agora já passa dos R$ 20 milhões.

A conta é a seguinte: um aumento de 50% do rombo em relação a 2016 e de quase 60% em relação ao prejuízo total, que passou dos R$ 22 milhões em 2017.

Em 2016, o palco que recebeu jogos de Copa do Mundo e Olimpíada parecia ter encontrado o caminho que, mesmo vagarosamente, o levaria a pelo menos parar de dar prejuízo e conseguir se sustentar.

Infelizmente,  o cenário não se manteve em 2017, ano em que as vendas de mandos de campo passaram a ser proibidas pela CBF. A arrecadação, portanto, recuou 12% em relação a 2016. Para completar, os gastos também aumentaram. A manutenção mensal ficou mais de R$ 200 mil mais cara que no ano anterior, e as despesas tiveram um aumento de quase 40% no total.

Futuro

No cargo há cerca de três meses, a titular da Secretaria Estadual de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), Janaína Chagas, é a quarta gestora a ter o estádio nas mãos. Teoricamente, ela permanecerá na função ao menos até o final deste ano, quando haverá uma nova eleição direta e um novo governador pode ser eleito.

Com um relacionamento mais rigoroso com futebol local, fato evidenciado recenetemente no episódio onde a pasta recusou o pedido de passagens aéreas do Fast, clube que disputaria a Copinha, por falta de prestação de contas, Janaína informou, através de sua assessoria de imprensa, que o plano para colocar a Arena nos trilhos que a levem para a autossustentação é fazer valer o título de estádio multiuso.

– O objetivo da Sejel é fazer com que a receita da Arena da Amazônia cresça 30% em relação ao ano anterior. Para isso, estreitamos o relacionamento com produtores culturais, agências de eventos e empresas do Pólo industrial de Manaus para a realização de eventos culturais, esportivos e empresarias para o estádio.

Outra medida é a inclusão e a redistribuição dos espaços locáveis dentro da Arena da Amazônia. Uma das grandes novidades será o formato anfiteatro, inclusive a utilização dos próprios camarotes como possibilidade de alugueis para eventos menores, como aniversários e cursos profissionalizantes – disse.

Amazonianrede-GE/AM

 

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