Curitiba, P
R – O doleiro Alberto Youssef e um ex-funcionário dele prestaram depoimento nesta segunda-feira (24) na Justiça Federal. Eles detalharam o pagamento de propina para o Partido Progressista, com dinheiro desviado de contratos da Petrobras.
Segundo as investigações da Lava Jato, o ex-deputado federal Pedro Corrêa, que era do Partido Progressista, recebeu R$ 40 milhões em propina de seis empreiteiras que mantinham contratos com a Petrobras. O dinheiro teria sido distribuído a políticos ligados ao partido. Nesta segunda-feira (24), o doleiro Alberto Youssef e o ex-funcionário dele, Rafael Ângulo Lopes, deram detalhes sobre esses pagamentos.
Rafael Ângulo: Normalmente era fracionado em contas de terceiros em pequenos valores. Eram depositados menos de R$ 10 mil. Várias vezes, em várias agências do mesmo banco. Sérgio Moro: Porque isso era feito? Quem deu essa orientação? Para não declarar o depositante e não ter o destino exato de quem circulava com o dinheiro.
O juiz Sérgio Moro perguntou ao doleiro Alberto Youssef sobre a rotina de pagamentos a Pedro Correa. O doleiro confirmou que periodicamente fazia depósito em contas indicadas pelo ex-deputado. Pedro Corrêa chegou a presidir o Partido Progressista. Em 2006, teve o mandato de deputado cassado na Câmara. Ele teria autorizado um assessor a sacar dinheiro nas contas de Marcos Valério, um dos operadores do mensalão do PT.
No julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, em 2012, Pedro Corrêa foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
O PP disse que não compactua com atos ilícitos e acredita na Justiça para que os fatos sejam esclarecidos. Pedro Corrêa só vai se manifestar no processo.
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