Manaus, AM – O governador Amazonino Mendes ao invés de ler como tradição a mensagem governamental, pediu que a mensagem fosse distribuído aos parlamentares e a imprensa e ao invés da mensagem, resolveu fazer de improviso de improviso na abertura do ano legislativo no Amazonas, apontando os rumos de corno pretende governar este ano o Estado.
No discurso, Amazonino disse que deve enviar proposta de reforma administrativa ainda em fevereiro para equilibrar as finanças do estado e que pretende injetar cerca de R$ 1,5 bilhão nos cofres públicos em 2018.
A solenidade da 18ª Legislatura iniciou por volta das 10h, sob o comando do presidente da Casa, David Almeida. Na mensagem anual, Mendes comentou sobre as dificuldades a serem enfrentadas até o fim do mandato como governador.
O relatório sobre o governo no ano de 2017 foi entregue aos deputados no plenário. A fala de Amazonino pode ser conferida na íntegra no Portal do Governo do Estado.
“É preciso notar que esse relatório traz informações de três governos. E é preciso saber que houve um vendaval no país é esse vendaval chegou até nós, não necessariamente e exclusivamente no ano que passou, mas já há algum tempo a nação vem sendo flagelada e isso aliado à falta de experiência, ao descompromisso poderia acarretar desastres. O desastre se abateu sobre a nação e também se abateu sobre nós”, afirmou.
Crise
Apesar da crise econômica, o governador afirmou ter uma visão positiva sobre as contas do estado, e que deve injetar cerca de R$ 1,5 bilhão nos cofres públicos.
“Estamos buscando contratos das dívidas gigantescas, vamos reduzir esses custos, estamos auditando contratos, porque é preciso. São inúmeros os resultados, demora a aparecer, é natural, mas já imprime uma confiança, já nos dá crédito, já sabemos que vamos recuperar a saúde pública, é questão de tempo. Nós vamos colocar, este ano, R$ 1,5 bilhão nos cofres públicos do estado, vamos equilibrar as finanças”, disse.
Reeleição
Amazonino informou, também, durante o discurso, que não deve falar sobre reeleição. “Não me perguntem por reeleição, estão proibidos de falar de política comigo, falem de administração, recomposição, reconstrução e vitória de um estado que está cansado de sofrer”, disse.
Em entrevista coletiva, o governador falou que deve, ainda, ajustar o salário dos secretários e enviar a proposta de uma reforma administrativa ainda este mês para a Assembleia Legislativa e convocar aprovados no concurso publicado da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizado em 2014.
“Nós estamos pensando na reforma administrativa porque o estado precisa, não sei se o momento ainda é apropriado porque as coisas ainda estão muito confusas no setor administrativo, mas estamos estudando. Eu acho que a estrutura está grande demais, temos que enxugar mais isso e reordenar os objetivos administrativos”, disse.
Divergências
O presidente da Assembleia Legislativa, David Almeida, que já foi governador interino antes de Amazonino, falou em seguida. Ele disse que as instituições estão acima das pessoas e que não joga contra o governo, mas também não é um aliado.
“Eu tenho divergências no campo das ideias e das opiniões, nada no campo pessoal com o governador. Aquilo que for melhor para o povo do Amazonas vai ter no deputado David, um parceiro. Eu quero o melhor para o meu estado, independente de quem seja o governador”, disse.
Almeida também comentou sobre as dívidas do estado. “Contra fatos não há argumentos. Eu assumi o governo em maio com um deficit orçamentário financeiro de R$ 650 milhões. Entreguei com um superavit de R$ 450 milhões, os números estão no portal da transparência. O Estado fechou com um superavit de R$ 800 milhões, deixou restos a pagar de R$ 500 milhões, sobrou R$ 300 milhões”, diz.
Ela diz que o estado não está quebrado. “Essas mesmas falas, ali ao lado daquela cadeira da previdência, falava-se de um rombo de R$ 1,2 bilhão na saúde, eu chamei os próprios secretários dele aqui que desmentiram, disseram que não.
Depois, chamei o secretário de finanças aqui ele disse que tinha, no caixa do estado, R$ 5,3 milhões. Um estado desse não está quebrado, contra fatos não há argumentos e essas colocações são boas de serem respondidas porque estão no portal da transparência, não me incomoda”, declarou.
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