Dilma pede que novos ministros façam ‘o que for preciso’ pelo crescimento

A presidente Dilma Rousseff dá posse ao ministro Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento), no Palácio do Planalto, em Brasília

 

A presidente Dilma Rousseff dá posse ao ministro Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento), no Palácio do Planalto, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff dá posse ao ministro Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento), no Palácio do Planalto, em Brasília

BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff instruiu nesta segunda-feira (21) sua nova equipe econômica para que faça o “que for preciso” para retomar o crescimento econômico “sem guinadas e mudanças bruscas” e que trabalhe com “metas realistas e factíveis” para melhorar a contas públicas.

Dilma deu a orientação durante a cerimônia de posse dos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Valdir Simão, realizada nesta tarde no Palácio do Planalto.

“Três orientações imediatas eu levo aos ministros da área econômica: trabalhar com metas realistas e factíveis para construir credibilidade; atuar para estabilizar e reduzir consistentemente a dívida pública; e fazer o que for preciso para retomar o crescimento sem guinadas e sem mudanças bruscas, atuando neste ambiente de estabilidade, previsibilidade e flexibilidade”, disse Dilma.

Em um discurso de cerca de doze minutos, a presidente repetiu várias vezes que é possível conviver com o ajuste fiscal e com medidas para retomar o crescimento econômico, o que era sempre cobrado do agora ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy.

“A mudança da equipe econômica não altera nossos objetivos de curto prazo que são: restabelecer o equilíbrio fiscal, reduzir a inflação, eliminar a incerteza e retomar com urgência o crescimento. A tarefa dos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão é, de imediato, contagiar a sociedade brasileira com a crença que equilíbrio fiscal e crescimento econômico podem e devem ir juntos”, afirmou Dilma.

DIÁLOGO

A presidente também afirmou que continuará defendendo a ampliação do diálogo com o Congresso para que propostas do ajuste fiscal ainda pendentes possam ser analisadas no próximo ano.

“Ainda há tarefas importantíssimas na fase de arrumação das contas públicas. Há medidas imprescindíveis a aprovar sem as quais o equilíbrio não será mantido e a retomada do crescimento será muito dificultado. Temos pela frente a negociação com o Congresso Nacional para a extensão da DRU e a aprovação da CPMF. Diálogo, diálogo, diálogo”, defendeu Dilma.

Apesar da cobrança, a presidente reconheceu a contribuição do Congresso, com quem teve duros embates ao longo do ano, na aprovação de medidas do ajuste fiscal.

Titular do Planejamento até a semana passada, Barbosa assume a Fazenda nesta segunda (21) no lugar de Joaquim Levy. Já Valdir Simão deixou a CGU (Controladoria-Geral da União) para assumir o Planejamento.

No início de seu discurso, Dilma elogiou Levy ao dizer que ele teve uma atuação “decisiva” para a realização dos “ajustes imprescindíveis”. “Sua dedicação assim como seu trabalho, ajudaram na aprovação da legislação vigente fiscal mesmo em um ambiente de crise política. Joaquim Levy, cuja competência já era conhecida, revelou grande capacidade de agir com serenidade e eficiência mesmo sob intensa pressão”, disse.

Nesta segunda, o novo ministro anunciou a empresários que o governo deve enviar, no começo do próximo ano, uma proposta de reforma da Previdência ao Congresso Nacional, com o estabelecimento de uma idade mínima para aposentadoria.

De acordo com ele, nos últimos meses, vários ministérios têm trabalhado em uma proposta de reforma do sistema de seguridade social, incluindo a idade mínima obrigatória.

De acordo com o ministro, o governo trabalha atualmente com duas propostas, ambas com o objetivo de adaptar os limites de idade para a aposentadoria à evolução demográfica da população brasileira.

Uma delas tornaria o fator 85/95 móvel, o que simularia uma movimentação na idade mínima para a aposentadoria. Essa solução, de acordo com Barbosa, é defendida por parte dos trabalhadores brasileiros.

Assim como o ministro, Dilma também fez um apelo pela aprovação de uma reforma da Previdência. “Precisamos aprovar reformas como a da Previdência, cujo objetivo é assegurar a sustentabilidade do patrimônio dos trabalhadores. Continuaremos dialogando exaustivamente com o Congresso”, disse. FOLHAPRESS

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.