Brasil e Reino Unido firmam acordos econômicos e ampliam parceria para as Olimpíadas de 2016

Londres 2012

Londres 2012Amazonianarede/Agência Brasil

Brasília – A presidente Dilma Rousseff se reúne hoje (28) às 14h30 com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, no Palácio do Planalto. A ideia é ampliar uma série de parcerias para incrementar as relações econômicas e comerciais, além do intercâmbio para as Olimpíadas de 2016 e da cooperação em educação e ciência. Antes, porém, o britânico visitará a Favela da Maré, no Rio, onde vai conhecer uma organização não governamental (ONG) dedicada a levar o esporte às comunidades pobres.

Dilma e Cameron assinam uma série de acordos por volta das 15h30 e, em seguida, concedem entrevista. A ideia é firmar também acordos que ampliem o Programa Ciências sem Fronteiras. Mais de mil brasileiros são beneficiados com bolsas de estudo no Reino Unido. Dilma e Cameron vão assinar ainda medidas de cooperação em ciência, tecnologia e inovação e energia.

Também serão tratados temas da agenda global, como a crise econômica internacional, questões de paz e segurança e a reforma das instituições de governança mundial, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Todos esses assuntos foram abordados por Dilma durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

A presidente reclamou do protecionismo norte-americano, sinalizou que há interesse em retomar as negociações entre o Mercosul e a União Europeia e condenou uma possível intervenção militar na Síria. Também apelou para que a comunidade internacional se empenhe na ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Ontem (27), Cameron esteve em São Paulo e seguiu para o Rio. Nas reuniões, defendeu parcerias comerciais entre o Brasil e o Reino Unido com vistas aos Jogos Olímpicos de 2016. Ele participou do encerramento de um encontro entre empresários dos dois países, no qual estavam o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes.

Para Cameron, os Jogos Olímpicos podem retomar de forma positiva a relação comercial entre o Brasil e a Grã-Bretanha. “Há muitas oportunidades”, disse ele. “[Podemos fazer] parcerias duradouras entre empresas britânicas e brasileiras que vão transformar nossas relações comerciais”, acrescentou, lembrando que há dois séculos o Reino Unido era o primeiro país em exportações europeias para a América Latina.

O primeiro-ministro disse que pretende fazer com que o Reino Unido se transforme em um dos melhores mercados para receber investimentos. O presidente da Autoridade Pública Olímpica, ex-ministro das Cidades Marcio Fortes, elogiou a importância estratégica da parceria entre o Reino Unido e o Brasil.

Para o ministro das Relações Exteriores, William Hague, é o momento de “reverter” o que chamou de “negligência”anterior sobre as relações entre britânicos e brasileiros. Em 2010, ao assumir o governo, Cameron citou o Brasil como um dos países com os quais o Reino Unido precisava reforçar seus laços.

Desde então, representantes britânicos, entre eles Hague e o príncipe Harry, fizeram mais de 30 viagens para a América Latina, sendo o Brasil o principal destino. A cooperação também ganhou impulso durante as Olimpíadas de Londres, em julho, quando autoridades brasileiras foram convidadas para observar todos os aspectos da organização dos Jogos.

Porém, as revisões para baixo nas estimativas sobre a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2012 afetaram o entusiasmo britânico com o Brasil, segundo John Doddrell, cônsul-geral do Reino Unido em São Paulo e diretor da agência britânica de comércio e investimentos (UKTI, na sigla em inglês) no Brasil.

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