Dilma diz que parte dos votos de Marina vai se dividir

07-10dilmaBrasília – Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira, a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, disse que acha uma temeridade falar sobre os apoios no segundo turno. “Óbvio que muitas vezes os apoios não dependem só de uma pessoa, tem várias instâncias.

Nós temos certeza que uma parte dos votos vai se dividir entre eu e o outro candidato”, afirmou.

Dilma declarou ainda que recebeu um telefonema “gentil e civilizado da candidata Marina”. “Ela me cumprimentou pela eleição, eu agradeci o cumprimento e disse que tenho certeza que nós também lutávamos para melhorar o Brasil, em que pesem nossas diferenças”.

A candidata antecipou que vai começar a campanha nesta terça-feira. “Vamos fazer primeiro a reunião de todos os governadores e senadores da minha base, eleitos no primeiro turno. E também dos governadores em que não há disputa dentro na base. Em princípio a gente vai aguardar para avaliar. A tendência nossa é começar pelo Nordeste, ir para o Sul, Minas Gerais e São Paulo na sequência. Iremos no tempo necessário pra todos os estados do Nordeste”, acrescentou.

Antes de responder às perguntas dos jornalistas, Dilma disse que as urnas mostraram, em primeiro lugar, que a população quer garantir o que já conquistou. “Segundo, achando que se deve corrigir o que não está bom, mas terceiro também dizendo que temos que avançar mais. E disse também que vamos ter mais uma vez no Brasil dois projetos se confrontando. Esses dois projetos têm uma peculiaridade. Ambos têm práticas de governos que ocorreram, então não vamos comparar só programas, mas também governos muito concretos que apresentaram propostas para o Brasil, tiveram tempo de fazê-lo, ao contrário de quem nunca tinha governado o país antes”, afirmou.

Dilma criticou mais uma vez os governo tucanos que, segundo ela, quebraram o país. “Esses dois projetos, eles se enfrentam, e quando digo que voltam os fantasmas do passado, me refiro ao que ocorreu durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Diante da crise, quebraram o País três vezes. As taxas de juros foram as mais elevadas praticadas no Brasil em períodos pós Plano Real. Praticaram taxas de juros de 45%. E, ao mesmo tempo, tiveram taxa altíssima, média em torno de 25%, e por ai”.

“Mas, além disso, jamais colocaram os pobres no orçamento. Todas as políticas sociais foram restritas, feitas para poucas pessoas. O Brasil tem 202 milhões de habitantes, então politicas que fazem a diferença tem que ser compatíveis com esse número de habitantes”, acrescentou.

A petista também alfinetou a escolha de Armínio Fraga como ministro da Fazenda de Aécio. “Eu não tenho que repetir o ministro do Aécio Neves. Até porque indicar o Armínio Fraga é um complicador pra ele, porque foi justamente no período em que ele era ministro da Fazenda que a inflação saiu por duas vezes do limite superior da política de metas.

Em 2001 a inflação foi a 7,7%, e em 2002, foi a 12,5%. Além disso, foi também na gestão do Armínio Fraga que tivemos a maior taxa de juros desse período, de 45%. Isso é uma coisa muito complicada. Cada um opta pelo que quiser, tenho um governo e os números do meu governo são claros”.

Fonte: JB

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