Brasília – A presidente Dilma Rousseff concedeu uma importante entrevista neste sábado, em que o governo adota um novo discurso em relação às denúncias de corrupção contra a Petrobras, que vêm ocorrendo desde o início da Operação Lava-Jato.
“Eu farei todo o meu possível para ressarcir o país. Se houve desvio de dinheiro público, nós queremos ele de volta. Se houve, não, houve, viu?”, disse ela, em Brasília.
Dilma afirmou que serão feitos todos os esforços para recuperar os recursos desviados. “Não é o presidente que processa. Quem processa são os órgãos como Ministério Público e quem julga é o juiz. Eu tomarei todas as medidas para ressarcir tudo e todos.
Agora, ninguém sabe hoje ainda o que se deve ser ressarcido. Porque a chamada delação premiada, onde tem os dados mais importantes, não foi entregue a nós”, disse a presidente, referindo-se aos depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff.
Com a entrevista, a presidente pretende retomar a iniciativa em relação ao tema. Alas do PT, lideradas pelos vencedores das eleições de 2014, como Fernando Pimentel e Jaques Wagner, defendiam que ela adotasse essa postura para tentar sair do córner.
Último debate
Na coletiva, Dilma também questionou a postura do rival Aécio Neves no último debate. “Ele pode inclusive processar, mas quem devia processar somos nós [Dilma e Luciana Genro]. Porque a nós duas ele chamou de leviana, coisa que não se faz. Não é, eu diria, uma fala correta para mulheres”, disse Dilma Rousseff.
O tucano, em nota, anunciou um processo contra a presidente. “A Coligação Muda Brasil propôs, ontem, sábado uma representação ao Procurador-Geral Eleitoral pedindo que a candidata do PT, Dilma Rousseff, seja investigada pelos crimes de difamação e injúria, em razão de propaganda eleitoral produzida por sua campanha na qual acusa Aécio Neves de desrespeitar mulheres e agir com agressividade contra pessoa do sexo feminino, no caso, as candidatas Luciana Genro e a própria Dilma”, diz a nota do PSDB.
Amazonianarede – Brasil 247
