Amazônia – Apesar das ações de combate e das campanhas contra o desmatamento na Amazônia, esse processo criminoso contra natureza e a vida na região, continua crescendo. Segumdo o Ibama, A Amazônia Legal registrou, em junho de 2016, uma área de desmatamento de 972 quilômetros quadrados (km²) de floresta.
O Pará responde por 50% deste número, seguido do Amazonas, com 27% e Mato Grosso, com 12%. Os dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) que ainda apontam um aumento de 97% em relação ao mesmo período do ano passado.
No total, o satélite do Imazon detectou 494 km² de desmatamento no Pará, 263 km² no Amazonas e 121 km² no Mato Grosso. Outros Estados também registraram a ação como Rondônia, com 84 km² (9%), Roraima com 7 km² (1%) e Acre com 3 km² (1%).
Propriedades privadas
A maior parte do desmatamento registrado em junho, 499 km² ou 51%, foi detectado em propriedades privadas. Além disso, 241 km², que correspondem a 25% do total, em Unidades de Conservação, e outros 223 km² ou 23%, em Assentamentos de Reforma Agrária. Em Terras Indígenas (TI), foram 9 km² ou 1%.
As áreas protegidas com maior desmatamento estão no Pará. A Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, liderou o ranking, com 98,9 km². Em segundo lugar está a APA do Tapajós, com 36,6 km² e em terceiro está a Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, com 24,7 km².
Assentamento Juma
Os locais de reforma agrária mais desmatados foram o Projeto de Assentamento (PA) Rio Juma, em Apuí, no Amazonas, com 75,57 km²; Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Liberdade, em Pacajá, no Pará, com 35,42 km²; e o PA Acari, em Novo Aripuanã, no Amazonas, com 20,51 km².
Entre as Terras Indígenas se destacam a TI Kayapó e a TI Munduruku, ambas no Pará, com 3,4 km² e 1,2 km², respectivamente.
Os municípios que mais desmataram nesse período foram Altamira (PA), Apuí (AM), Itaítuba (PA), Lábrea (AM), Novo Aripuanã (AM), Colniza (MT), Portel (PA), São Félix do Xingu (PA), Novo Progresso (PA) e Pacajá(PA).
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