Depois de interrogatório com Moro, Claudia Cruz visita o marido Cunha na cadeia

A jornalista Claudia, mulherde Cunha, ré na laja jato, após depoimento Moro, visitou o marido ona cadeia

 

A jornalista Claudia, mulherde Cunha, ré na laja jato, após depoimento Moro, visitou o marido ona cadeia
A jornalista Claudia  Cruz, mulher de Cunha, ré na laja jato, após depoimento a Moro, visitou o marido na cadeia

Curituba, PR – A jornalista Claudia Cruz, esposa do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deixou o prédio da Justiça Federal, em Curitiba, 28 minutos após o horário previsto para o início do interrogatório como o juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (16).

Em seguida, ela foi visitar o marido na Superintendência da Polícia Federal, onde ele está preso desde 19 de outubro.

Claudia Cruz é ré em um dos processos da Operação Lava Jato, acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A jornalista só respondeu aos questionamentos da defesa, porque “era o suficiente para esclarecer tudo”, segundo o advogado de defesa dela, Pierpaolo Bottini.

Perguntada se sabia de uma conta em seu nome no exterior, Cláudia se limitou a dizer que “possuía apenas um cartão de crédito internacional”.

A esposa de Cunha afirmou, no depoimento, que usava o cartão para custear os estudos dos filhos. “Os meus filhos com Eduardo estudaram e estavam para estudar fora. Isso [o cartão internacional] era para, exatamente, para custear os gastos dos estudos e gastos de consumo”.

Cláudia alegou que assinou papéis, apresentados por seu marido, mas não sabia “se era para a abertura de uma conta ou um cartão”. Ela disse que não tinha nenhum motivo para desconfiar de Cunha e negou que, em algum momento, teve a intenção de ocultar dinheiro no exterior.

De acordo com as investigações, Cláudia foi favorecida com parte de uma propina milionária supostamente recebida pelo marido. O dinheiro, ainda conforme a força-tarefa da Lava Jato, foi um pagamento ilícito pela viabilização da aquisição, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ela tinha consciência dos crimes que praticava e usou o dinheiro para pagar despesas de cartão de crédito no exterior em um montante superior a US$ 1 milhão num prazo de sete anos, entre 2008 e 2014.

O processo tem ainda outros três réus – dois já foram ouvidos. Para esta quarta-feira também está previsto o interrogatório do empresário Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira.

A denúncia

De acordo com as investigações, Cláudia Cruz foi favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de uma propina milionária recebida pelo marido.

“Dinheiro público foi convertido em sapatos de luxo e roupas de grife”, disse o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa (MPF), no momento que apresentou a denúncia contra Claudia Cruz.

Em agosto, Moro aceitou o pedido da defesa de Cláudia para que fosse devolvido o passaporte dela que estava retido com a Justiça.

A decisão do juiz contraria uma petição do Ministério Público Federal (MPF), que alertou sobre a possibilidade de risco de fuga da investigada.

Na decisão, o juiz observou que a entrega do passaporte à Justiça foi iniciativa da própria defesa de Cláudia Cruz, mas determinou que possíveis viagens realizadas por ela sejam previamente informadas oficialmente.

Eduardo Cunha afirmou, em outras ocasiões, que as contas de Cláudia no exterior estavam “dentro das normas da legislação brasileira”, que foram declaradas às autoridades e que não foram abastecidas por recursos ilícitos.

A defesa de Claudia Cruz  afirma que a cliente “não tem qualquer relação com atos de corrupção ou de lavagem de dinheiro, não conhece os demais denunciados e jamais participou ou presenciou negociações ilícitas”.

Amazomnianarede

 

 

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