Delcídio ofereceu R$ 50 mil a Cerveró por mês para não ser citado na delação

Delcídio pagaria por mês para Cerveró não citar o seu nome na deleção
Delcídio pagaria por mês para Cerveró não citar o seu nome na deleção
Delcídio pagaria por mês para Cerveró não citar o seu nome na deleção

Brasilia – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski relatou, em sessão da 2ª turma nesta quarta-feira (25), que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) ofereceu R$ 50 mil ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que este não fechasse acordo de delação premiada dentro da Operação Lava Jato. De acordo com o ministro, o filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, foi quem relatou as negociações com Delcídio.

Em uma das conversas gravadas por Bernardo, havia participação do banqueiro André Esteves. Ele também foi preso hoje pela Polícia Federal.

Um documento assinado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com o pedido de prisão do senador, foi lido pelo ministro Zavaski durante a sessão no STF. Conforme a PGR, Delcídio teria prometido a Cerveró influenciar as decisões do Supremo, além de prometer o pagamento de “vantagem indevida”.

A Procuradoria alertou ainda, neste documento, que Delcídio não mediria esforços para “embaraçar” as investigações da Operação Lava Jato, e que a conduta de Delcídio seria “obstrutiva de altíssima gravidade”. No documento, a PGR afirma ainda que Delcídio sugeriu que Cerveró fugisse do Brasil por terra pelo Paraguai e, depois, seguisse de avião para a Espanha. A sugestão incluía até mesmo o modelo de avião a ser utilizado.

O pagamento de vantagem indevida a Cerveró seria feito por meio de um contrato entre o banco BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, e o advogado Edson Ribeiro. O acordo serviria para repassar dinheiro para financiar a família de Cerveró. Para isso, seria firmado um contrato falso de advocacia.

Pela proposta, a família de Cerveró receberia R$ 50 mil mensalmente para que ele desistisse da delação premiada. Além disso, o acordo previa que ele não falasse de Delcídio, nem do banqueiro André Esteves ou do banco BTG.

Ainda sobre André Esteves, a PGR assinalou que ele estaria disposto a obter informações por “meios ilícitos” para que a investigação da Lava Jato não atingisse o BTG Pactual.

Amazonianarede-Agencias

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