Pesquisa divulgada pelo Datafolha, na tarde desta sexta-feira (03), sobre o período de crise gerada pelo coronavírus, aponta que a aprovação da condução da crise do coronavírus pelo Ministério da Saúde é mais que o dobro da registrada para Bolsonaro.
O presidente Bolsonaro tem 33% de aprovação e 39% de reprovação. Enquanto que a aprovação do Ministério da Saúde subiu de 55% para 76%, e a reprovação caiu de 12% para 5%.
Para evitar a propagação do coronavírus, o Datafolha ouviu 1.511 pessoas por telefone, entre os dias 1 a 3 de abril, e a pesquisa tem margem de erro de três pontos percentuais.
A pesquisa
O Presidente da República teve queda na sua aprovação, relacionada à conduta na gestão da crise gerada pelo coronavírus, mas dentro da margem de erro: de 35% para 33%.
A rejeição ao trabalho de Bolsonaro subiu entre os moradores do Sudeste (de 34% para 41%) e do Norte/Centro-Oeste (24% para 34%). Mas o maior índice de rejeição ao presidente nesta crise é da região Nordeste, com 42% de ruim e péssimo. Também é a região em que os moradores acreditam que o presidente mais atrapalha a gestão.
Já a pasta do Ministério da Saúde disparou no índice de aprovação no tocante à forma de conduzir a crise gerada pela pandemia, atingindo 76%, ante os 55% da pesquisa anterior, realizada entre os dias 18 e 20 de março.
Governadores e Prefeitos
Também foi aferida na pesquisa a aprovação de governadores e prefeitos. Segundo os resultados, 58% dos brasileiros aprova a gestão de seus governadores, enquanto 16% reprovam, e a avaliação regular caiu de 28% para 23%. Já os prefeitos recebem ótimo e bom de 50%, regular de 25%, ruim e péssimo de 22%.
Distribuída por regiões, a avaliação de desempenho dos governadores apresenta os seguintes resultados: Nordeste (64%) e Norte/Centro-Oeste (61%) lideram o índice de satisfação.
No tocante aos prefeitos, estão assim distribuídos: Sul, ótimo e bom de 58%; 48% do Sudeste; 53% do Nordeste; 44% do Norte e Centro-Oeste. Já os maiores índices de insatisfação concentram-se nas regiões Norte e Centro-Oeste (24%) e Sudeste (23%).
Em meio à crise entre Bolsonaro e o ministro da Saúde, a pesquisa revela a aprovação da pasta chefiada por Mandetta na condução da pandemia do coronavírus.
Na quinta-feira (02), Bolsonaro, em entrevista à Rádio Jovem Pan, afirmou que não pretendia demitir Mandetta, Ministro da Saúde, mas pediu “mais humildade” ao ministro.
Luiz Henrique Mandetta reafirma a necessidade de isolamento social e de todos atentarem para os cuidados que devem ser tomados para a não proliferação da doença, sobretudo junto ao grupo de risco.
“Não é hora de fraquejar. Não é hora de relaxar. É hora de redobrar o cuidado. O vírus está mostrando para que veio. Precisamos proteger essas pessoas”, declarou o ministro.
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