Contaminação impede o funcionamento do HUGV recentemente inaugurado

Somente a parte administrativa está com atendimento – foto: Ione Moreno

 

 

Somente a parte administrativa está com atendimento – foto: Ione Moreno

Manaus, AM – Inaugurado no dia 25 de novembro deste ano, com capacidade para atender 7 mil consultas ambulatoriais por mês (em média), distribuídas em 13 andares e ao custo de R$ 101 milhões, o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) está sem funcionamento devido a contaminação por fungos. Dos 13 andares que deveriam estar em atividade desde o dia 16 deste mês, 12 não recebem pacientes.

De acordo com a denúncia, a interdição do local teria sido feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Conforme um funcionário do complexo hospitalar, que preferiu não ter o nome revelado, somente a parte administrativa está com atendimento.

“Os funcionários começaram a reclamar de inflamações no nariz e coriza. O prédio foi interditado para que fosse realizada a higienização. A parte administrativa, que fica no último andar, é a única em funcionamento até agora. De resto, ainda não sabemos quando, de fato, vamos nos mudar”, informou o funcionário.

A informação foi confirmada por outro funcionário, que também não quis se identificar por medo de represálias.

“Desde o dia 20 deste mês, estamos sem trabalhar e somente o setor de compras tem funcionado”, disse.

De acordo com a assessoria de Comunicação do HUGV, o complexo está com as atividades interrompidas, não há interdição, apenas um processo de mudança para as novas instalações, além de limpeza do local.

“Essa interrupção se faz necessária para que sejam realizadas as limpezas (fina e ultrafina), essenciais à adequada higienização do hospital, além dos procedimentos de análise bacteriológica das unidades críticas, em estrita observância à legislação vigente e determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, ressaltou.

A assessoria do HUGV afirmou, ainda, que a dedetização é um procedimento determinado pela análise da Anvisa que, por sua vez, informou que a incubência de fazer a vistoria no hospital é dos órgãos de saúde do Estado e do município.

A assessoria de comunicação da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) explicou que não foi notificada pelo HUGV sobre o fato. Já a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que o caso é de responsabilidade, sim, da Anvisa.

Quadro

O HUGV mantém, aproximadamente, 950 profissionais de saúde entre médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos. Só na primeira etapa do prédio são 13 pavimentos, onde comportam a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), Centro Cirúrgico, Centro de Material e Esterilização, quatro andares de Enfermaria, garagem para 420 veículos e heliporto.

Apenas o ambulatório instalado no prédio anexo continua com serviços de consultas médicas e exames agendados, primeiros socorros e realização de pequenos curativos. Dos 300 leitos instalados na nova estrutura, apenas 156 funcionarão inicialmente, devido a ausência de recursos humanos. O Ministério da Saúde ainda não liberou abertura de concurso público para hospitais no Brasil.

Amazonianarde-Emtempo/Bárbara Costa

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