Conceição Sampaio abre debate sobre saúde da mulher e diz que é preciso dispor da vacina contra o HPV

Amazonianarede-Aleam

Manaus – A presidente da Comissão da Mulher e das Famílias, na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), deputada estadual Conceição Sampaio (PP) realizou Audiência Pública para avaliar a situação atual do controle do câncer de mama e de colo uterino no Estado do Amazonas, além do apelo à vacina que previne o vírus HPV. A reunião ocorreu no Mini Plenário Cônego Joaquim Gonçalves de Azevedo, andar térreo, da ALEAM e teve a participação de profissionais da área da Saúde, representantes das redes estadual e municipal de atendimento à Mulher, movimentos sociais e a sociedade.

Durante a audiência, Conceição Sampaio lembrou que a saúde da mulher é algo que o Brasil tem procurado alcançar desde 1983, quando criou o programa de Atendimento Integral à Saúde da Mulher. A deputada disse que desde então alguns avanços aconteceram devido o Plano Nacional de Política para Mulheres, desenvolvido pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, o qual assegura que os Estados precisam avançar para garantir qualidade de vida das mulheres.

Segundo a parlamentar para se apresentar Projeto ou Requerimento de Indicação a fim de garantir melhorias no atendimento à saúde em questão, é preciso conhecer a realidade do Estado. “Nada melhor do que ouvir os profissionais que atuam na área para que tenhamos uma avaliação de como está o Amazonas e quais são os procedimentos que devemos tomar adiante”, observou ela, acrescentando que é preciso disponibilizar a vacina contra o vírus HPV em todos os Estados.

A presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Amazonas, a médica Hilka do Espírito Santo discutiu vários tópicos, entre os quais a importância da vacinação contra o vírus HPV, a importância da realização da mamografia anualmente e a mortalidade materna.

Hilka destacou ainda que anualmente 700 mulheres são diagnosticadas com câncer uterino no Estado e com câncer de mama esse número chega a 480. “Temos que mudar esse quadro”, ressaltou.

A ginecologista e obstetra, Monica Bandeira também destacou a importância da vacina contra o HPV, principalmente porque Manaus é a capital com maior índice as de câncer uterino. Ao falar dos gargalos existentes para a melhoria do tratamento, a médica citou a falta de profissionais que para a análise dos exames, assim como a falta de aparelhos para o tratamento das lesões pré-cancerosas. “É preciso construir centros de referencias para os tratamentos dessas lesões. São 600 novos casos por ano e a metade deles com morte”, ressaltou.

A coordenadora da Tensão Oncológica do Centro de Controle de Oncologia (Cecon), Marília Muniz, abordou o tema sobre câncer de colo uterino, e destacou que é a doença de índice mais alto no Estado e a que mais mata as mulheres amazonenses. A coordenadora esclareceu os fatores de risco, como se desenvolve a doença, os sintomas e o que as mulheres podem fazer para prevenir.

De acordo com Marília, há dez anos foi implantado o sistema de coleta em todos os municípios do Estado para a prevenção do câncer do colo uterino, pelo Governo do Estado, e desde então profissionais nos diversos níveis foram treinados para o atendimento. “Estamos rastreando as mulheres com lesões de baixo e alto grau para o tratamento adequado”, disse.

Prevenção e atendimento

Marília disse que o tratamento gratuito é realizado em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) que tenha a coleta do exame preventivo. Ela destacou ainda, que ano passado foram realizados mais de 50 mil exames preventivos. “A intenção para este ano é ultrapassar esse número. Com a campanha do “Outubro Rosa”, conseguimos realizar o dobro de exames que costumamos realizar em um mês”, completou.

Números

A incidência de mulheres com câncer uterino que chegam ao Cecon, segundo a enfermeira, é de 58%, e segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) são esperados para este ano cerca de 600 novos casos da doença, dos quais 490 na capital. “Por isso a importância da realização do preventivo para o diagnóstico precoce”, alertou a enfermeira, observando que a faixa estaria mais afetada pela doença são mulheres de 25 a 64 anos.

Fatores de risco Entre mos fatores de risco causadores do HPV estão: a iniciação sexual precoce e promiscuidade sexual.

(Fonte: Diretoria de Comunicação)

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