Comunidades ribeirinhas de Boa Vista do Ramos assinam acordo de pesca com a SDS

25-07acordoBoa Vista do Ramos – Moradores de comunidades ribeirinhas têm buscado cada vez mais o poder público, para realizar acordos de pesca no Amazonas. A regularização da atividade ajuda a conservar os estoques pesqueiros e a gerar renda para as famílias.
“Estou emocionada por estar realizando um sonho depois de três anos de luta buscando esse acordo. Finalmente está acontecendo”, afirmou Maria Auxiliadora Paiva, 50, presidente da comunidade São Tomé (AM), que agora tem um Acordo de Pesca e se prepara para iniciar o manejo de Pirarucu.

São Tomé está localizada no município de Boa Vista do Ramos (a 270 km de Manaus). O acordo de pesca é resultado de uma demanda dos moradores locais, que a praticavam desde meados do século XIX, mas sem ordenamento e critérios ambientais, colocando em risco a estabilidade dos estoques pesqueiros.

Em parceria com o Governo do Amazonas, por meio de equipe técnica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SDS), os moradores de São Tomé participaram ativamente da definição das regras que passam a orientar a atividade a partir de agora, conforme as necessidades específicas deles. Entre as representações comunitárias, estão: Associação Comunitária Agrícola São Tomé (ACAST), Sindicato dos trabalhadores Rurais, Sindicato dos Pescadores de Boa Vista do Ramos, Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia em Boa Vista do Ramos (COOPMEL).

Para a titular da SDS, Kamila Amaral, não adianta falar em conservação ambiental sem geração de renda. “Nosso objetivo é a geração e renda e isso é possível, através da regularização da pesca, com regras definidas pelas famílias que precisam dela para tirar seu sustento”.

Exemplo

O prefeito de Boa Vista do Ramos, Amintas Lopes, ressaltou que esse é um exemplo de política pública que precisa acontecer para levar melhorias às pessoas. “Vivemos num Amazonas muito rico de recursos. Além do peixe, temos madeira, babaçu e farinha. Precisamos aprender a usar isso de modo consciente”.

A união das 35 famílias, o equivalente a 170 pessoas, é apontada por Maria Auxiliadora como o que faz de São Tomé um bom lugar para se viver. Um calendário de eventos foi construído ao longo dos mais de 80 anos de existência da localidade. A festa do padroeiro acontece anualmente no período de 15 a 21 de dezembro.

Em setembro, o boi-bumbá Mina Fama é festejado há pelo menos 15 anos, e recebe a visita e a dança de quadrilha de moradores de comunidades vizinhas, como Sagrada Família, Menino Jesus, Divino Espírito Santo e Vila Fátima. A comemoração chega a reunir cerca de mil pessoas da região.

Amazonianarede – SDS

 

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