Comitê de Proteção a Crianças e Adolescentes será criado em Manaus

(Texto: Roberto Sena/Foto: Karla Vieira)

Manaus – Membros das esferas municipais e estaduais, ONGs e representantes de diversas entidades reuniram-se, na quinta-feira (30), no auditório da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) para debaterem as propostas iniciais para a criação do “Comitê Local de Proteção a Crianças e Adolescente Pró-Copa do Mundo”.

A apresentação do plano vem sendo elaborada há algumas semana. O trabalho começou com a descrição do que será esse Comitê, bem como sua ação na cidade de Manaus, antes, durante e após o período da Copa do Mundo. Nas próximas semanas, as propostas seguirão para ajustes da comissão que está encarregada da criação do Comitê.

O projeto tem como finalidade ser um vigilante social de crianças, adolescentes e mulheres em risco, visando o enfrentamento diário de toda e qualquer violação dos direitos desses grupos. A ideia é ainda chamar a atenção da sociedade civil organizada e autoridades para este debate a fim de uma mudança de postura em defesa dos direitos humanos.

A secretária-executiva da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Seas), Graça Prola, disse que a criação do Comitê já era planejada há algum tempo, mas no processo foi detectado que não havia necessidade de duas unidades deles (um municipal e outro estadual) atuando na mesma atividade. Com essa observação, foi possível reunir-se com a Prefeitura e delegar apenas um Comitê estando este sob a responsabilidade da administração municipal, por meio da Semasdh, sendo apoiado pela Seas e outros parceiros.

Graça explicou que tantos o Poder Municipal quanto o Estadual estão preocupados e atentos à Copa do Mundo, já que se trata de um grande evento. A proposta é evitar que crianças e adolescentes sejam vítimas de trabalho infantil, tráfico internacional, exploração sexual, abandono, e negligência, principalmente neste período. Pois, durante a Copa do Mundo na África do Sul, foi relatado que muitos jovens desapareceram de Joanesburgo e não retornaram mais a cidade. Nesse sentido, o Comitê vai enfrentar tais situações, visto que o fluxo de turistas internacionais na cidade de Manaus e demais cidades-sedes da Copa do Mundo no Brasil será alto.

Delegações

A diretora do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE) da Semasdh, Gecilda Albano, explicou que o planejamento de ações desta e das próximas reuniões será para pactuar o Comitê e delegar as atividades para cada órgão e entidades envolvidas na criação e atividades deste. “Na reunião desta semana, foi sugerido que o Comitê passe a se tornar fixo após a Copa do Mundo, visto que a Copa deixará um legado para a cidade e para o país”.

A secretaria municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Goreth Garcia Ribeiro, relatou sua preocupação no sentido de Manaus proteger suas crianças e adolescentes. “Essa é uma ótima oportunidade para chamarmos a atenção da sociedade com este projeto, visto que existe uma união de poderes em prol das crianças e adolescentes”.

Para a chefe da Plataforma Amazônia do Unicef, Unai Sacona, um dos grandes desafios é também estimular os turistas nacionais e internacionais que aqui chegarem a se tornarem agentes transformadores, sabendo a quem recorrer em casos envolvendo crianças, adolescentes, homens e mulheres. E que a comunicação por meio de materiais impressos, mídia eletrônicas, e outros meios seja feita além do português, em no mínimo duas línguas estrangeiras como inglês e espanhol, levando-se em consideração as estatísticas de visitantes para o período da Copa. “O Unicef está de braços abertos para este projeto do Comitê Pró-Copa, que pretende enfrentar todo o tipo de exploração contra crianças e adolescentes” destacou.

Fazem parte do Comitê, Semasdh, Seas, ONGs, Cedeca Pé na Taba (Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), Amazonastur, Manauscult, CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) CEDCA-AM (Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente), conselhos tutelares, UNICEF, entre outras entidades, formando assim uma rede de proteção à criança e ao adolescente na cidade de Manaus e no estado do Amazonas.

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