Brasilia – Começa nesta segunda-feira para 88% dos moradores do Distrito Federal estão submetidos a um regime de racionamento de água. A medida foi anunciada pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa), motivada pela crise hídrica, e não tem prazo de duração. Maior reservatório que abastece a capital, o Descoberto começou o dia com 20,68% da capacidade máxima.
O percentual se aproxima, dia a dia, do patamar de 20% que está previsto na legislação como “gatilho” para o racionamento – se não cair chuva forte, o número pode ser atingido entre terça (8) e quarta (9). Quando esse limite for atingido, a Caesb fica autorizada a adotar medidas de restrição automaticamente.
Em nota, a Caesb disse que implantará o racionamento quando considerar ser “o momento mais oportuno”. “Para isso, levará em consideração três fatores: o ritmo de queda dos reservatórios, as previsões de chuva para o Distrito Federal, e o nível de consumo de água pela população.
Ao decidir pelo racionamento, a Caesb irá convocar os meios de comunicação para anunciar, detalhar e divulgar amplamente o plano a ser executado, dando oportunidade para que a população seja devidamente informada.”
O plano de racionamento, com as medidas a serem adotadas em cada região do DF, deverá ser informado pela Caesb a cada semana, e informado à população com 24 horas de antecedência. A Adasa estabeleceu que o racionamento deverá ser aplicado por, no máximo, 24 horas seguidas em cada região.
“A gente espera que isso seja suficiente mas, se houver um agravamento, naturalmente esse período pode ser ampliado. É bom ter em mente isso, que precisamos poupar e rezar para chover”, diz o diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles.
Entre as mudanças previstas, está a redução na pressão da rede de distribuição. Isso significa que a água chega mais fraca nas torneiras e nos chuveiros da capital.
Rodízio
Em dias alternados, a Caesb também pode fazer um rodízio no fornecimento de água. A Adasa diz garantir que todos serão afetados igualmente, sem preferência para regiões ou faixas de consumo.
A gente espera que isso [cortes de água de 24 horas seguidas] seja suficiente mas, se houver um agravamento, naturalmente esse período pode ser ampliado. É bom ter em mente isso, que precisamos poupar e rezar para chover”
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