CMA é notificado pelo IPAAM sobre a morte da onça Juma

Uma das últimas fotos da onça Juma, mascote do 1º BIS

 

Uma das últimas fotos da onça Juma, mascote do 1º BIS
Uma das últimas fotos da onça Juma, mascote do 1º BIS

Manaus, AM – O abatimento  da onça Juma tiro no momento em que preparava um ataque contra um militar, ainda repercute bem na midia. O fato ocorreu logo após o encerramento da solenidade do revezamento da Tocha Olímpica, no Zoológico do CIGS.

O Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (Ipaam),  notificou na manhã desta terça-feira (21), o Comando Militar da Amazônia (CMA), para prestar esclarecimento sobre a morte da onça Juma, que foi alvejada por um tiro de pistola apos fugir, na festa da tocha olímpica, da qual participou, no Cento de Instrução de \guerra na Selva.

Segundo o gerente de fauna do Ipaam, Marcelo Garcia, o CMA precisa explicar sobre os procedimentos que foram realizados antes do abatimento do animal. “Estamos apurando o   que realmente aconteceu. Notificamos o órgão responsável e estamos aguardando o seu posicionamento sobre como foi realizado o abatimento do animal.

Tínhamos dado a aprovação para participação de um animal durante o evento, mas provavelmente não é a mesma que veio a óbito. O comando precisa nos informar  qual foi a onça que passou pelo procedimento”, explicou Marcelo.

A morte do animal foi confirmada por meio de nota do CMA na tarde de ontem. Segundo o órgão, após a solenidade do revezamento da Tocha Olímpica, a onça escapou do zoológico e uma equipe de militares composta por veterinários tentou resgatá-la, com disparo de tranqüilizantes.

Depois disso, o animal mesmo atingido, deslocou-se em direção a um militar que participava da operação e para um procedimento de segurança, o mesmo foi atingido por um pistola, vindo a falecer em seguida.

Aguarda Notificação

De acordo com o chefe de comunicação social do CMA, coronel Luiz Gustavo Evelyn, o órgão ainda não recebeu a notificação do Ipaam. Segundo ele, o animal não saiu do seu habitat natural, por isso não precisava de autorização para ser conduzido.

“Ainda não fomos notificados, mas quando recebemos, por meio, da nossa assessoria jurídica vai ser feito um pronunciamento indevido. O 1º BIS e o CIGS são unidades uníssonas. Não existe muro. O local de zootecnia, responsável pelo tratamento rotineiro desses animais, é uma sessão dentro do CIGS. Para participar da cerimônia, eles não saiu do seu habitat. Não foi colocado em uma viatura, por exemplo”, explicou o coronel.

Processo administrativo

Para apurar o que aconteceu com o animal desde a cerimônia até o seu abatimento, o CMA abriu um processo administrativo. Conforme o coronel Evelyn, se for comprovado que houve negligência por parte dos profissionais durante o trato com o animal, serão tomadas as medidas legais.

“O procedimento administrativo é aberto toda vez que acontece um fato que gere uma conseqüência jurídica e administrativa dentro de uma instituição. Tem um prazo de trinta dias para ser concluído, podendo ser prorrogado para mais trinta dias. Ele está em fase inicial e de levantamento de responsabilidade. Vamos realizar todos os procedimentos administrativos, pois todo inquérito tem como efeito uma sanção, seja ela uma advertência ou multas. Estamos procurando quem responsabilizar, se é que existe responsabilidade a ser imputada”, destacou ele.

De acordo ainda com ele, ainda não sabe para onde o animal será conduzido. O coronel explica que o corpo do animal está sendo submetido a exames.

” A população se comoveu com a situação, pois todos sabia que era um animalzinho e que era um símbolo nosso. Posso dizer que estamos muito abalados, pois era um animal do nosso convívio. Quem já houve falar fica chateado, imagina quem conviveu com ela”, destacou.

Questionado se o Comando Militar da Amazônia pretende deixar de utilizar de animais durante as suas apresentações, o coronel destacou que isso só será feito se um órgão de proteção ambiental determinar. “O exercito  trabalha dentro da legalidade e estabilidade.

O que for determinado será cumprido. Mas se isso não acontecer, continuaremos usando os animais no desfile, porque o que aconteceu foi uma fatalidade e não tem nada ver com a utilização deles no desfiles”, disse.

O coronel ainda disse que o animal não estava estressado durante a cerimônia do revezamento da Tocha. Segundo ele, Juma era acostumada desde pequena a participar de atividades parecidas.

“Todo mundo perguntou se ela poderia estar estressada. Se você ver uma foto que veicularam na mídia, todos conseguem ver que o animal estava quieto. Ela saiu do zoológico e ocupou um posição durante toda a solenidade. Não acompanhou a tocha.

O símbolo passou por ela e não houve também essa quantidade alta de pessoas. Desde pequena era um animal que participava dos nossos eventos. Não era um animal doméstico,  porque é uma onça, mas era do trato de todos nós”, ressaltou.

 

Amazonianarede-D24Am

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