Calor já é intenso neste início de junho em Belém (PA)

Verão promete
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Belém, PA – Com o início de junho o volume das chuvas que castigaram a Região Metropolitana de Belém (RMB) diminui. Desde então, é possível notar que as temperaturas começaram a subir na capital, assim como em outras regiões do estado.
A população que precisa sair de casa, principalmente no período da tarde, tido como o mais quente do dia, reclama do calor intenso. Em contrapartida, os vendedores ambulantes que comercializam garrafinhas de água, coco e sorvetes nas paradas de ônibus, esquinas e praças de Belém comemoram o aumento das vendas.

O diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet Pará), José Raimundo Abreu de Sousa, explica que, devido à falta de nuvens, a radiação solar chega diretamente à superfície da terra, elevando a temperatura. “Há um predomínio de céu claro, parcialmente nublado. A temperatura subiu desde o início de junho, quando diminuíram as chuvas. A temperatura máxima em Belém é de 33°C, principalmente em locais que não são arborizados. De maio para junho, houve um aumento de 5°C”, disse.

Segundo José Raimundo, na RMB, as chuvas devem aparecer no período da noite, decorrentes das altas temperaturas registradas durante o dia. “O vapor de água que se forma na atmosfera vai formar as nuvens de chuvas depois das 17h. Saímos do período chuvoso e estamos passando para o mais seco, começando em junho com o fenômeno El Niño em andamento, que inibe a formação de nuvens”, esclarece.

SOMBRINHAS

Se antes se via pelas ruas a população com sombrinhas para se proteger das chuvas, agora o objeto está sendo muito utilizado para quem quer escapar dos raios solares. Beber muita água é uma importante dica dos especialistas que está sendo seguida pelos que não querem desidratar com o calor. “Sempre procuro sombra e bebo muita água. É quente, mas é bom, né? Melhor do que a chuva, que atrapalha na hora de voltar do trabalho para casa”, afirmou a empregada doméstica Edilene Duarte, 40, que esperava pelo coletivo em uma parada de ônibus da capital.

De sombrinha, a nutricionista Fátima Mendes, 58, nunca deixa o item de lado quando precisar sair de casa. “Tô com muito calor! Sempre uso a sombrinha para me proteger do sol e da chuva. A temperatura aumentou muito e vai aumentar mais a cada dia.

Geralmente não saio nesse horário, sempre saio de manhã e volto mais tarde para não pegar esse sol. Não uso protetor porque transpiro muito e não aguento. Não sei se eles são próprios para a nossa região”, declara.

Ambulantes que vendem água e refrigerantes em uma parada de ônibus na avenida Almirante Barroso esperam que o ritmo de vendas cresça ainda mais nos próximos dias. “Com a chuva não vende quase nada. Agora melhorou. Começo a trabalhar às 11h e fico até as 18h. Quando faz muito sol, consigo vender até 200 garrafas (de água) em um dia”, conta Márcio Veloso, 37.

Ambulante há dez anos, Carlos Santana, 45, não se expõe ao sol sem proteção. “Sempre uso protetor, boné ou chapéu de palha. A partir desse mês, já começo a vender de 25 a 35 pacotes com 12 unidades de água por dia. O valor do pacote aumentou, mas para o cliente sempre é R$ 1,00, mesmo sendo R$ 1,50”, assegura.

Segundo o Inmet, a tendência é que a temperatura aumente, podendo chegar a 34,5°C, de outubro a novembro deste ano. “Os bairros que são mais arborizados, como Nazaré, por exemplo, têm uma menor absorção da radiação. Já em áreas menos arborizadas, a temperatura aumenta.

Fonte: Diário do Pará

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