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Boca do Acre – Depois de ter passados maus bocados no início do ano de 2012, a história parece se repetir. A lei da natureza está se modificando, surpreendendo e indo de encontro à afirmativa dos mais antigos, que diziam que as grandes cheias obedecem um ciclo de 15 anos. Ao que parece, Boca do Acre será assolada por uma segunda grande alagação, consecutivamente, sendo essa sem precedentes.
Desde o início de janeiro que os rios que margeiam Boca do Acre não param de subir. O volume das chuvas que tem caído sobre o município, é preocupante, uma vez que contribui diretamente para a elevação contínua das águas, que na manhã desta quarta-feira (16), alcançou 17m 32cm, aproximando-se perigosamente da cota de alerta, que é de 18 metros e da cota de transbordamento total, que é de 20 metros.
As previsões meteorológicas são um tanto desanimadoras. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a tendência é que até o final de janeiro as chuvas não cessem principalmente nas cabeceiras dos rios Acre e Purus.
Segundo Friale, meteorologista do estado do Acre, essa cheia pode superar a de 1997, a maior da história da região do Sul do Amazonas e do Vale do Acre. A explicação dele é que ainda estamos no mês de janeiro e os rios já apresentam um volume de água muito elevado. Ele destaca ainda que o período das cheias só se encerram no final de março e meados de abril, então ainda se tem pelo menos três meses pela frente.
Prefeitura se prepara
O Secretário de Governo, Jansen Almeida, disse que o prefeito Iran Lima irá reunir a equipe na tarde desta quarta-feira para nomear o responsável pela Defesa Civil municipal.
Segundo Jansen, o encontro também servirá para traçar metas, caso as águas venham a invadir Boca do Acre.
