No acumulado do ano, o superávit primário (que o governo faz para diminuir o montante da dívida) atingiu R$ 74,225 bilhões, o equivalente a 2,56% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país. A meta para o ano é economizar R$ 139,8 bilhões, o equivalente a 3,1% do PIB.
Segundo o chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel, o desempenho das contas públicas pode ser explicado pelos efeitos da crise financeira internacional. A atividade econômica e a arrecadação de impostos caem, causando impacto nas contas públicas. Além disso, o governo promoveu desonerações ao longo deste ano para estimular a economia.
“Entramos o ano passado com atividade mais aquecida e isso repercutiu em resultados melhores no inicio do ano. Esse ano observamos um movimento diferente no início do ano e, recentemente, houve uma retomada mais nítida nos últimos meses, daqui pra frente o resultado deve refletir a melhora no cenário. O aumento da atividade econômica vai repercutir nas receitas e a expectativa é que tenhamos resultados melhores”, disse.
O déficit nominal – o equivalente à arrecadação de impostos menos os gastos – em agosto foi de R$ 16,121 bilhões. No acumulado do ano, o rombo nas contas públicas atinge R$ 73,355 bilhões, valor 13,2% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Quando apresenta déficit nominal, o governo coloca títulos da dívida pública à venda para financiar as contas.
A dívida líquida do setor público subiu 0,1 ponto percentual em agosto na comparação com julho, atingindo 35,1% do PIB. Em valores nominais, a dívida chegou a R$ 1,522 trilhão.
(Por:JB)