Manaus – Os bancários do Amazonas decidiram, em assembleia geral realizada na noite desta quinta-feira, aderir ao movimento nacional de greve geral a partir da próxima terça-feira, dia 6. A decisão foi tomada na sede do sindicato, por unanimidade dos presentes e a direção da entidade convocou entrevista com a imprensa para a manhã desta sexta-feira.
A decisão foi tomada após o fracasso nas negociações realizadas ao longo da semana entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec), entidade responsável pela negociação do dissídio coletivo.
Segundo a nota distribuída pelo sindicato, os bancos ofereceram reajuste salarial de 5,5%. A categoria pede correção de 16%, sendo 5,6% de aumento real e reposição de inflação de 9,88% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82 e piso equivalente ao salário mínimo proposto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de R$ 3.299,66.
No ano passado, a greve dos bancários no Amazonas durou oito dias, à exceção dos empregados do Banco da Amazônia. A paralisação começou no dia 30 de setembro e terminou em 7 de outubro. Os trabalhadores aceitaram reajuste de piso salarial de 8,5%, com ganho acima da inflação de 2,02%.
Outras assembleias foram realizadas pelo País para decidir a paralisação, como em São Paulo, Estado que reúne a maior concentração da categoria. “Também reivindicamos fim das demissões nos bancos para melhorar as condições de trabalho da categoria e melhorar o atendimento para a população”, disse em nota Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. D24AM
