As maiores brigas do mensalão

Brasília – Escrutinados pelos olhos de dezenas de repórteres, protagonistas de transmissões diárias ao vivo pela TV Justiça, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão sujeitos aos efeitos da superexposição dos meios de comunicação — o que não ocorre em países onde há uma blindagem institucional aos magistrados. Por um lado, a transparência ajuda a arejar o ambiente do Judiciário. Por outro, expõe defeitos bastante terrenos dos onze ministros cuja decisão final sempre carrega o peso da verdade. O julgamento do mensalão potencializou essa exposição. E mostrou que o clima formal do STF não impede bate-bocas indignos da corte.

As discordâncias, às vezes ásperas, não são tão raras em um tribunal que por vezes precisa deliberar sobre temas controversos. Mas os embates geralmente não prejudicam a convivência entre os ministros. No caso do mensalão, entretanto, acendeu-se um sinal amarelo: o ministro Marco Aurélio Mello chegou a insinuar que Joaquim Barbosa, famoso pelos excessos verbais, não está pronto para assumir a presidência da corte. Nos bastidores, nem sempre o clima é de amizade.

O temperamento de Joaquim Barbosa, o relator do processo, e Ricardo Lewandowski, o revisor, ajuda a incendiar as sessões. Por vezes, ambos tomam críticas respeitosas como ataques pessoais. Barbosa, irritadiço, e Lewandowski, ressentido, não são os únicos a participar dos embates: Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Dias Toffoli e Luiz Fux já puseram as garras de fora durante o julgamento do mensalão.

(Por:Veja)

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