As chuvas de julho no Amazonas

Nos quatro primeiros dias de julho choveu 58% do esperado para todo o mês, aponta Sipam.

Amazonas – Os manauaras estão desconfiados e vivendo um mês de julho diferente com a presença de muita chuva no dia s dia  da cidade, no momento em que o inverno começa a enfraquecer a a chega do verão e muito sol.Apesar das chuvas, o Sipam com o tempo está ocorrendo.

A verdade é que  o “verão amazônico” começou “tímido” neste segundo semestre. Quem esperava forte calor e sensações térmicas que beiram os 40º se surpreendeu com o céu encoberto e chuvas nos últimos dias. Chuvas acima da média foram registradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nos primeiros dias de julho em Manaus.

De acordo com o meteorologista do Inmet Gustavo Ribeiro, do dia 1° até as 8h da terça-feira (4), foi registrado o acumulado de chuva na capital de 57,1 milímetros. “O que é considerado acima da média para o mesmo período. Já na capital, o acumulado de precipitação do mês passado (junho) foi de 126,5 milímetros, volume este considerado dentro da média”, disse.

Este acumulado dos primeiros dias de julho representa 58 % do esperado para todo o mês (considerando o máximo valor climatológico de acumulado de precipitação em Manaus), que é de 92 mm, de acordo com informações repassadas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

Apesar das chuvas serem escassas no período mais seco do ano, é normal que elas ocorram, sem que sejam motivadas por qualquer fenômeno meteorológico, apontou o meteorologista Ivan Saraiva do Sipam. Bem como não estão relacionadas com os eventos de friagem.

“O diferencial das chuvas que ocorreram durante a segunda-feira e nesta terça-feira é a manutenção da nebulosidade e das chuvas fracas no decorrer do dia. As chuvas são decorrentes particularmente por circulações entre médios e altos níveis que favorecem a difluência dos ventos em altos níveis e a convergência em baixos níveis, de modo que favorecem a formação de áreas de instabilidade”, disse Ivan.

Ele explicou que neste período as chuvas apresentam características de serem mais “rápidas”, ou seja, as pancadas ocorrem e logo as nuvens dissipam-se e o sol torna a brilhar forte.

Interior

Além de Manaus, chuvas fortes foram registradas em outras regiões do Amazonas. “As condições de instabilidade durante estes últimos dias esteve presente também na metade centro-norte do Estado. Sendo que as áreas de instabilidade mais ativas estiveram mais propícias no noroeste do estado, região do Alto Rio Negro”, apontou Ivan.

No município de São Gabriel da Cachoeira, a 852 km de Manaus, o guarda-chuva é item obrigatório dos moradores.

“Tem chovido desde o início de julho, todos os dias. Mas nós já estamos acostumados porque aqui sempre chove. A quarta-feira amanheceu com uma chuva fraca, não chega a nos impedir de sair de casa, mas atrapalha. O rio está enchendo e a nossa praia esta quase toda coberta”, informou o funcionário público Adelson Lima.

Estação seca

Apesar das chuvas, a previsão é de tempo seco em Manaus, em julho, agosto e setembro.

“A previsão climática indica chuvas dentro da média no trimestre e chuvas dentro da média, significam poucos volumes de chuva, o que é normal para o trimestre”, apontou o metereologista Gustavo Ribeiro.

Chuvas escassas e temperaturas acima da média em vista, segundo o Sipam. “Associado a isto não temos a presença de nenhum evento climático La Niña que pudesse influenciar no aumento das chuvas na região, desta forma tudo indica que o trimestre seco será o típico ‘verão amazônico’”, informou Ivan.

Amazonianarede-Rede Amazonica

 

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