Brasília – O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, esteve em Brasília nesta terça-feira, 12, para questionar o motivo pelo qual o governo federal ainda não deu aval para que o empréstimo de US$ 150 milhões, aprovados pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) ao Executivo Municipal, seja encaminhado ao Senado.
Durante a manhã, operações de crédito externo no total de US$ 473,7 milhões (R$ 1,7 bilhão) foram aprovadas pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) e agora seguirão para o Plenário e depois liberados às cidades contempladas.
O valor pleiteado por Manaus será aplicado nas áreas de infraestrutura, educação, sistema de gestão, inclusão social e geração de renda – mobilidade urbana e o sistema de transporte coletivo são os assuntos mais urgentes. De acordo com o prefeito, a formalidade caminha desde 2014 e todos os trâmites já foram vencidos, bastando, agora, a assinatura da presidente Dilma Rousseff e aprovação do Senado.
Estranho
“É de se estranhar que a presidente tenha assinado e enviado à CAE o empréstimo de outras cidades, mas não tenha feito o mesmo com Manaus, que também estava na mesa dela junto com os demais pedidos. Em um momento de crise, como o que passamos, estes recursos são de fundamental importância para o desenvolvimento de Manaus. O próprio Bird elogia o nosso projeto, mas para que tenhamos acesso, o governo federal tem que fazer a parte dele”, afirmou o prefeito.
Durante a reunião que avalizou empréstimos para outras capitais e governos, o senador Omar Aziz disse que o fato de outras cidades serem contempladas, com exceção de Manaus, denota falta de vontade do governo para com o Amazonas. Ele citou que a presidente tem a obrigação de ajudar o Estado em um momento tão penoso economicamente.
Demissões no PIM
“O Distrito Industrial já demitiu 30% de seus trabalhadores. Por que não liberam o empréstimo de Manaus? Isso soa como discriminação. Será que o motivo é o fato de o prefeito Arthur Neto ter sido um dos grandes críticos deste governo quando estava no Senado? Merecemos uma explicação plausível e que mostre a verdade”, afirmou o senador.
A presidente da CAE, Gleisi Hoffmann, disse que não sabe os detalhes e nem o motivo pelo qual Manaus não foi contemplada desta vez. Porém, prometeu que fará o possível para resolver a questão e levar o pedido à comissão na semana que vem.
Os empréstimos vêm do exterior, mas para que Manaus possa receber os recursos, o governo federal precisa autorizar a linha de crédito. “Estamos ouvindo promessas há tempos. Hoje ouvimos de novo. Vamos ver o que vão falar na semana que vem”, finalizou Arthur Neto.
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